Frentes contra a Maconha, Pela Vida… do Tráfico? [Hemportagem Ed#129]

por Pietro

 

A Hemportagem de hoje vai falar de algumas frentes que vem colocando a legalização em pauta. Infelizmente a maior parte delas vaga a beira do argumento sem provas, optando pelo tradicional proibicionismo dogmático. O primeiro é defendido por um professor da UFPI de Piauí, Marcelo Coertjens, que após a votação das pautas teve a infelicidade de proferir o triste comentário: “A maconha é sem dúvida a porta de entrada para drogas mais pesadas. Se for liberado o uso da maconha, daqui a pouco a pergunta ser: Por que o crack ou a pedofilia também não podem?”.

 

É obvio e claro para todos que uma pessoa que compare o ato de consumir cannabis, causando danos pessoais, ao ato de cometer pedofilia, causando danos a terceiros, não merece um mínimo de credibilidade. Mas seu comentário não se encerrou por ai, “Se a maconha for legalizada os impostos sobre o produto vão aumentar. Será que os usuários não terão eu roubar para comprar a droga?” Mal sabe ele que a nossa sociedade é em grande parte composta por estes fumadores de maconha que estão a postos para roubar tudo que há na sua casa assim que houver uma brexa. A noticia foi veiculada pelo site 180 Graus e merece alguns comentários com a opinião destes "perigosos fumadores".

 

A segunda frente a ser discutida se auto denomina "Frente Parlamentar Evangelica de SP" composta por 23 parlamentares, quase 25% do total de deputados, que tem como intuito combater os movimentos que apoiam a liberação da maconha, e também gerar projetos que vão de encontro aos projetos desenvolvidos pela comunidade gay. "Nós tivemos recentemente a aprovação de apoio à liberação da maconha e do dia de combate à homofobia. São campanhas que em vez de desenvolver que cada um tenha sua liberdade quer pregar que algo que nós consideramos errado seja considerado normal. Tem alguns projetos que nós somos contra" foi afirmado ao G1 pelo coordenador da frente Carlos Cézar, pastor da igreja Quadrangular. Em uma segunda declaração afirmou: "É uma coisa antagônica. Porque se tem o Dia do Orgulho Gay, por que não pode ter o Dia do Hétero? Temos de estudar, debater essa matéria. Somos de vários partidos diferentes, mas convergimos em várias situações", Que na opinião deste humilde editor pode ser facilmente respondida da seguinte maneira: A proposta do dia do orgulho gay é um ato de uma minoria que está tentando combater a homofobia instaurada na sociedade, trazendo a tona a quantidade de simpatizantes do movimento e não a fim de querer gerar uma influência social nas escolhas pessoais. A questão levantada pelo pastor "Porque nao pode ter o dia do Hetero?", pode ter o dia do hetero sim, assim como foi normatizada a situação das marchas da maconha pelo STF, todo e qualquer movimento pacifico coletivo tem apoio constitucional para ser realizado com liberdade, porém a partir do momento que são organizados centenas de manifestações a cunho banal, pois não são manifestações que geram novos pensamentos ou que combatem tradicionalismo, e sim somente uma forma englobar na massificação a credibilidade destes movimentos sociais, que são as marchas e manifestações organizadas pelas minorias descontentes.

 

O terceiro, é não menos importante movimento ocorreu no espaço aéreo da WEB nas localidades de Santa Catarina, após o afastamento do prefeito Samir Mattar do PMDB, acusado de desviar mais de 1 milhão de reais, o site da prefeitura foi invadido por hackers maconheiros. Todo o conteúdo original da pagina foi apagada, em troca foi postado fotos de Mulheres com bikinis de planta, a foto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e a música Cachimbo da Paz de Gabriel o Pensador. A policia ja esta investigando o ato que chocou uma boa parte da prefeitura. Agora a pergunta que não quer calar, o que é mais importante?

Prender o Hacker Maconheiro acusado de apologia a droga? Ou descobrir onde foi parar o dinheiro desviado pelo ex-prefeito?