por Cacá R. Müller
O ser humano se agrupou para sobreviver. Neste momento, foi celebrado um contrato de convivência em harmonia. Então nasceu a necessidade de leis que regulem a vida. Neste pacto de convivência, cada ser em si abdicou de parte de sua liberdade em nome do convívio pacífico e da sobrevivência do grupo.
Neste pacto de convivência, o homem passou a criar cláusulas contratuais, que ficaram conhecidas como lei. Estas normas surgiram da necessidade de estipular quais condutas seriam aceitas e quais não seriam por esta comunidade. Alguns foram escolhidos para criar estas leis e outros foram nomeados para fiscalizar o seu cumprimento. A maior parte do povo continuou na sua labuta diária, seja na caça ou na agricultura, e compartilhavam parte de sua caça ou de sua coleta com aqueles que trabalhavam em prol do bem coletivo.
As proibições buscam manter a incolumidade coletiva, para que a sociedade possa coexistir em paz. Mas cadê a paz? A luta pela ascensão social, pautada no acúmulo de riquezas, transforma a lei (que anteriormente era mantenedora da paz) em utensílio de controle social, com o fito de limitar as ações dos membros da sociedade, e assim dar segurança para a continuação do acúmulo de riquezas e oligarpolização do Poder em si.
Esta utilização ilegítima do Poder traduz-se em exercício dele sem qualquer respaldo social. O convívio está pautado na paz social, coexistência digna e sobrevivência da espécie. O homem sobreviveu à selva. Mas hoje ele é seu próprio predador. Amansado e domesticado, o ser humano é programado para acatar o que a mídia afirma. Não se pensa, não se critica, apenas se aceita. E a mídia, irresponsável, é apenas mais um braço desta quimera insana e babilônica chamado de Poder.
Estamos baseados na lei, mas a lei não se baseia em nós. Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo.
Mudar isso é impossível. A luta pela legalização da cannabis deve ser focada nos interesses dos capitalistas e sua trupe. Devemos lutar demonstrando que a legalização é interessante para a economia e não é uma ameaça à saúde pública. Já que a questão é dinheiro, deve ser lucrativo o consumo de cannabis. Pensem nisso.
ResponderExcluirfirst!!!
ResponderExcluirmerece a capa do jornal O GLOBO!
GENIAL
ResponderExcluirmuito bom, parabéns!
ResponderExcluirAgreed
ResponderExcluirGostei da forma como você escreveu o texto, senti uma pegada anarquista.
ResponderExcluirÓtima coluna do hempadão. Marrom, mas legal.
muito bom , pra quem quer saber mais , basta ler sobre o filosofo thomas hobbes que pensou nisso aí . pois existiram duas fases , o estado de natureza que era onde não tinham leis e a vida era um caos.até que surgiu o contrato social criando o monstro chamado leviatã,que hj simboliza o estado que deixou de representar os interesses do povo para se intitularem como uma instituição empresarial que fode com a população!inferno hein
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirTexto muito bom.
Pra acordar essa juventude maconheira são precisas muitas ideias libertadoras.
Parabéns!
Paz galera!
os valores que nos são impostos, não são os valorez da natureza humana
ResponderExcluirCaraca......muito bom esse texto.
ResponderExcluirAdoro as teorias do contrato social, sempre tiro algo de bom quando leio pontos de vista diferentes.
só filósofo chapado na parada...
ResponderExcluirbom texto mesmo!
Nicolau.
Ótimo post, traduz muito o que eu como estudante de direito penso. A maconha deve ser legalizada longe dos interesses econômicos, se não for, pra mim perderá grande parte de sua magia. A cannabis liberta, e é por isso que eu não quero que ela se torne um simples produto de consumo e propaganda, e passe a ser usada como meio de alienação ao invés do contrário.
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