segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Baseado na Lei: 33ª Edição – A Lei não se baseia em Nós! Ed. 132#

por Cacá R. Müller

 

O ser humano se agrupou para sobreviver. Neste momento, foi celebrado um contrato de convivência em harmonia. Então nasceu a necessidade de leis que regulem a vida. Neste pacto de convivência, cada ser em si abdicou de parte de sua liberdade em nome do convívio pacífico e da sobrevivência do grupo.

 

 

Neste pacto de convivência, o homem passou a criar cláusulas contratuais, que ficaram conhecidas como lei. Estas normas surgiram da necessidade de estipular quais condutas seriam aceitas e quais não seriam por esta comunidade. Alguns foram escolhidos para criar estas leis e outros foram nomeados para fiscalizar o seu cumprimento. A maior parte do povo continuou na sua labuta diária, seja na caça ou na agricultura, e compartilhavam parte de sua caça ou de sua coleta com aqueles que trabalhavam em prol do bem coletivo.

 

As proibições buscam manter a incolumidade coletiva, para que a sociedade possa coexistir em paz. Mas cadê a paz? A luta pela ascensão social, pautada no acúmulo de riquezas, transforma a lei (que anteriormente era mantenedora da paz) em utensílio de controle social, com o fito de limitar as ações dos membros da sociedade, e assim dar segurança para a continuação do acúmulo de riquezas e oligarpolização do Poder em si.

 

Esta utilização ilegítima do Poder traduz-se em exercício dele sem qualquer respaldo social. O convívio está pautado na paz social, coexistência digna e sobrevivência da espécie. O homem sobreviveu à selva. Mas hoje ele é seu próprio predador. Amansado e domesticado, o ser humano é programado para acatar o que a mídia afirma. Não se pensa, não se critica, apenas se aceita. E a mídia, irresponsável, é apenas mais um braço desta quimera insana e babilônica chamado de Poder.

 

Estamos baseados na lei, mas a lei não se baseia em nós. Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo.

12 comentários:

  1. Mudar isso é impossível. A luta pela legalização da cannabis deve ser focada nos interesses dos capitalistas e sua trupe. Devemos lutar demonstrando que a legalização é interessante para a economia e não é uma ameaça à saúde pública. Já que a questão é dinheiro, deve ser lucrativo o consumo de cannabis. Pensem nisso.

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  2. first!!!

    merece a capa do jornal O GLOBO!

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  3. Gostei da forma como você escreveu o texto, senti uma pegada anarquista.

    Ótima coluna do hempadão. Marrom, mas legal.

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  4. muito bom , pra quem quer saber mais , basta ler sobre o filosofo thomas hobbes que pensou nisso aí . pois existiram duas fases , o estado de natureza que era onde não tinham leis e a vida era um caos.até que surgiu o contrato social criando o monstro chamado leviatã,que hj simboliza o estado que deixou de representar os interesses do povo para se intitularem como uma instituição empresarial que fode com a população!inferno hein

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  5. Valeu!
    Texto muito bom.
    Pra acordar essa juventude maconheira são precisas muitas ideias libertadoras.
    Parabéns!
    Paz galera!

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  6. os valores que nos são impostos, não são os valorez da natureza humana

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  7. Caraca......muito bom esse texto.
    Adoro as teorias do contrato social, sempre tiro algo de bom quando leio pontos de vista diferentes.

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  8. só filósofo chapado na parada...

    bom texto mesmo!

    Nicolau.

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  9. Ótimo post, traduz muito o que eu como estudante de direito penso. A maconha deve ser legalizada longe dos interesses econômicos, se não for, pra mim perderá grande parte de sua magia. A cannabis liberta, e é por isso que eu não quero que ela se torne um simples produto de consumo e propaganda, e passe a ser usada como meio de alienação ao invés do contrário.

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