Baseado na Lei 34ª Edição – Terrorismo ou Intolerância?

por Cacá R. Müller

 

Ontem, 11/IX/2011, fez dez anos da tragédia ocorrida em Nova Iorque. Considerada um ato de terrorismo, a reação foi automática. A história está repleta de exemplos de execuções sumárias e ilógicas. Inocentes morrem e sequer fazem ideia de por que foram sacrificados.

 

A intolerância batalha em prol da “normalização” das pessoas. Alguns seguimentos cristãos praticam proselitismo de forma contumaz, os americanos acham que o inglês é a linha universal, a publicidade milita no mesmo seguimento e assim ou você é igual a todos ou não é ninguém. O Roque em Rio faz uma campanha contra o uso de drogas, mas é patrocinado por uma marca de um produto de natureza correlata. Normal é ser igual a todos. Normal é achar que Mulçumano é terrorista e que o estadunidense vai ser sempre o mocinho montado no cavalo.

 

 

Acender um baseado não é pecado. Nem deveria ser crime. É crime porque quem manda no Brasil acha que seja. Quem manda é quem tem dinheiro e a miséria é uma das principais armas de controle desta população dominada. A Maconha não interessa ao império. A Maconha ajuda na indústria e no comércio. Faz o ser humano pensar e apazígua. Muito mais fácil que fazer guerra é fechar um baseado. Com tempo para “dar um dois”, há também o tempo para refletir e repensar nossos atos.

 

Desde o fatídico Onze de Setembro sabe-se que a violência só gera retaliações. É um ciclo interminável e doloroso. A insana guerra contra as “drogas” não pode receber em troca algo diferente de violência e intolerância. Fala-se em Direito Penal Mínimo, Direito Penal Alternativo, Direito Penal do Inimigo, dentre outros. Mas não se precisa de mais ou menos “Direitos Penais”, o que se precisa, de verdade, é de uma alternativa para o Direito em si. E esta alternativa se chama bom senso. Observe, reflita, pense, critique, evolua e mude o mundo.