Não é de hoje que o Canadá conduz uma política de drogas que está anos-luz a frente do vizinho Estados Unidos. O avanço é ainda maior quando o assunto é o investimento na redução de danos, que busca ameninar os impactos negativos das drogas nos usuários. Mas infelizmente o país ainda não está livre da força dos ideais proibicionistas.
A polêmica que aqueceu o país na semana passada foi o julgamento no Supremo Tribunal da legalidade do Insite, espaço localizado em Vancouver onde é permitido fazer o uso de drogas injetáveis com o fornecimento de seringas, material de higiene e assistência de uma equipe médica de plantão.
Por decisão unânime os magistrados rejeitaram a proposta do governo conservador de fechamento do Insite com a justificativa de que o espaço presta um importante serviço a saúde pública. "O risco de morte e doenças para usuários de drogas injetáveis é enormemente desproporcional a qualquer benefício que o Canadá possa obter com a apresentação de uma posição uniforme sobre a posse de narcóticos", afirmaram os juízes.
As estatísticas do Insite revelam que o instituto recebe aproximadamente 800 usuários por dia e já contabiliza mais de 1 milhão de aplicações de drogas inventáveis em oito anos de funcionamento. Para lamento dos críticos da redução de danos nenhuma morte foi registrada neste período e cerca de 1500 overdoses foram evitadas pela equipe médica.
É quase inevitável não comparar a situação canadense com a política de drogas adotada no Estado do Rio de Janeiro. Por aqui, a assistência foi substituída pelo recolhimento compulsório de menores usuários de drogas que, em muitos casos, sequer foram flagrados portado alguma substância ilícita. E não faltam denúncias de grupos de direitos humanos e da OAB sobre as péssimas condições dos abrigos para onde os menores são levados e largados sem o devido acompanhamento.
Se for para seguir o exemplo de ativismo dos canadenses o conselho é não esperar a mobilização da classe política. O Insite e a própria permissividade ao uso de maconha foi conquistada com muito ativismo com uma pitada de resistência pacífica contra as leis da caretice.
eles saum inteligente 10.000 mil anos na frente dos nossos governates............
ResponderExcluirLembrando que lá a canabis é consumida sem maiores preconceitos, na rua mesmo. A policia geralmente faz vista grossa. E a população nao se importa. Cada um cuide da sua vida.
ResponderExcluirIsso não depende de politicos, a POPULAÇÃO é assim. Temos que mudar o pensamento do povo!
eu to morando em vancouver e consumo canabis quase livremente aqui. Tem o famoso new amsterdam vulgo vapor lounge onde você paga $5 e fica la durante 1 hora com vaporizador na mesa podendo alugar bongs e se você quiser levar seus acessorios também pode. Também consumo as vezes na rua mas não curto muito por respeito as outras pessoas que não fumam. E agora sem contar que a maconha aqui é uma das melhores do mundo. Agora em questão de drogas injetaveis é feio tem varios junkies principalmente na hastings, mas eles não fazem mal a ninguém só acabam enfeiando a cidade.
ResponderExcluir"Por aqui, a assistência foi substituída pelo recolhimento compulsório de menores usuários de drogas que, em muitos casos, sequer foram flagrados portado alguma substância ilícita"
ResponderExcluirESTAMOS MUITO LONGE =\
Eu moro em Edmonton e fumo também diariamente. Ando pela rua, quase livremente queimando. A polícia te incomodaria se estivesse aprontando algo. Fumando calmamente sem incomodar ninguém, não é ameaça à sociedade, portanto, não preocupa os homens da lei aqui do Canadá!
ResponderExcluirAbraços