Mais um Documentário para Derrubar o Discurso da Proibição! [WeedNews Ed. 140#]

por Marco Hollanda

 

Sem dúvida nenhuma, o assunto canábico da semana foi a discórdia do baseado que serviu de estopim para uma guerra entre policiais e estudantes da USP. Mas como esse assunto já foi debatido aqui na Hempada, o WeedNews abre espaço para outros destaques do noticiário da marofa.

 

Enquanto o clima esquentava na Cidade Universitária paulistana, o debate sobre a erva fluía com muito mais elegância em uma sala de cinema a poucos quilômetros dali. Era a estreia do documentário A Verdadeira História da Marijuana, do diretor e roteirista italiano Massimo Mazzucco.

 

 

Ao público do filme são apresentados os discursos racistas e moralistas usados para sustentar a proibição da maconha nos Estados Unidos no ano de 1937. Não menos interessante foi o lobby proibicionista de empresários da madeira, o algodão e o petróleo que enxergavam a maconha como uma forte concorrente as suas respectivas atividades comerciais. Veja no site da Mostra os locais de exibição do documentário e aproveite para assistir ao trailer!

 

Não basta ser pobre. Tem que ser careta!

Da terra do Tio Sam recebemos uma ótima notícia da guerra contra a caretice institucional do Estado da Flórida. Por lá, uma juíza federal suspendeu a lei que obrigava pessoas carentes a realizarem testes toxicológicos para garantir o recebimento de benefícios sociais do governo. Desde junho deste ano, quando a lei foi aprovada, 32 pessoas foram reprovadas por conta do resultado positivo para o consumo de maconha.

 

A juíza Mary Scriven concedeu uma liminar na ação movida pela União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) em favor de um ex-veterano da Marinha. "A interceptação potencial dos resultados dos testes pelas autoridades policiais implica uma invasão bem mais substancial da privacidade do que os casos civis de testes de drogas ordinários. Desta forma, o cidadão que busca uma pequena ajuda do estado para manter a família acaba com problemas com as autoridades policiais."

 

Até o momento, mais de 1600 pessoas se recusaram a fazer o teste imposto pelo governo. E vale destacar que os necessitados ainda precisam pagar US$ 35 para fazer o teste, que é reembolsado apenas para os aprovados.