Os matreiros comerciantes ianques, perante a escolha de serem obrigados a participar em bloqueios britânicos — e arriscarem-se ao confisco dos seus barcos, carga e tripulações — ou agirem como' agentes secretos da Inglaterra, com garantias de segurança e lucros, escolheram maioritariamente esta última opção.
Em 1809, John Quincy Adams (que mais tarde seria presidente), enquanto servia como cônsul americano em São Petersburgo, assinalou:
"Em duas semanas, tantos como 600 navios clipper arvorando a bandeira americana estiveram em Kronstadt" (o porto de São Petersburgo, chamada Leninegrado na antiga U.R.S.S.), carregando principalmente cânhamo-de-cannabis para a Inglaterra (ilegalmente) e para a América, onde o cânhamo de qualidade tinha também grande procura.
(Bemis, John Q. Adams and the American Foreign Policy, Nova Iorque, NI, Alfred A. Knopf, 1949.)
Em 1809, os Estados Unidos aprovam a Lei do Não-Relacionamento que retoma o comércio legal com a Europa, exceto a Inglaterra e a França. Esta lei não tarda a ser substituída pela Lei Macon, que retoma todo o comércio legal.
1808 A 1810
Napoleão insiste com o czar Alexandre para este interromper todo o comércio com os comerciantes americanos independentes, já que estes estão a ser obrigados a comercializar ilegalmente cânhamo para a Grã Bretanha.
Napoleão quer que o czar o autorize a estacionar agentes e soldados franceses em Kronstadt com vista a assegurar que o czar e as suas autoridades portuárias estão a cumprir o acordo.
1808 A 1810
Apesar do seu tratado com a França, o czar diz "Nyet!" e faz "vista grossa" aos comerciantes americanos ilegais, provavelmente porque precisa dos populares e lucrativos artigos comerciais que os americanos lhe estão a trazer a si e aos seus nobres — bem como do ouro sonante que está a obter com as compras (ilegais) de cânhamo feitas pelos americanos em prol da Grã Bretanha.
1809
Os aliados de Napoleão invadem o Ducado de Varsóvia.
1810
Napoleão intima o czar a interromper todo o comércio com os comerciantes americanos! O czar responde desvinculando a Rússia da parte do Tratado de Tilset que a obrigava a deixar de vender bens a navios americanos neutros.
1810 A 1812
Furioso com o czar por este permitir que o vital sangue de cânhamo para a marinha chegue a Inglaterra, Napoleão reforça o seu exército e invade a Rússia, planeando castigar o czar e em última análise impedir que o cânhamo alcance a Marinha Britânica.
1811 A 1812
A Inglaterra, de novo aliada e pleno parceiro comercial da Rússia, está ainda a impedir navios americanos de comerciar com o resto do continente europeu.
No Mar Báltico, a Inglaterra procede também a bloqueios de todos os comerciantes americanos oriundos da Rússia, insistindo agora que estes deverão comprar-lhe secretamente outros artigos estratégicos (a maioria em portos mediterrânicos), fornecidos especificamente por Napoleão e os seus aliados continentais, que por esta altura vendem de bom grado tudo quanto podem para reunir capital.
1812
Privados de 8o% do seu abastecimento de cânhamo russo, os Estados Unidos discutem a guerra no Congresso.3
Ironicamente, quem argumenta a favor da guerra são representantes dos estados do oeste, sob o pretexto dos marinheiros americanos "convencidos". Os representantes dos estados marítimos, receando a perda de comércio, argumentam contra a guerra, muito embora alegadamente os seus navios, tripulações e estados é que estejam a ser afetados.
Nem um só senador dos estados marítimos vota a favor da guerra com a Grã Bretanha, enquanto virtualmente todos os senadores do oeste o fazem, esperando arrancar o Canadá à Grã Bretanha e cumprir o seu sonho do "Destino Manifesto", na crença errónea de que a Grã Bretanha estava demasiado ocupada com as guerras europeias contra Napoleão para proteger o Canadá.
É interessante notar que o Kentucky, um grande apoiante da guerra que perturbou o comércio ultramarino de cânhamo, estava a reforçar ativamente a sua indústria doméstica de cânhamo.
Por esta altura (1812), os navios americanos conseguiam carregar cânhamo na Rússia e regressar com ele três vezes mais depressa do que os despachantes demoravam a enviar cânhamo do Kentucky para o Leste por via terrestre — pelo menos até o Canal Erie ser completado em 1825.
Os estados do oeste vencem no Congresso, e em 12 de Junho de 1812 os Estados Unidos estão em guerra com a Grã Bretanha.
A América entra na guerra do lado de Napoleão, que marcha sobre Moscou nesse mesmo mês de Junho de 1812.
Napoleão não tarda a ser derrotado na Rússia pelo rigoroso inverno, a política russa de terra queimada e 2000 milhas de linhas de comunicação recobertas de neve e lama. A derrota de Napoleão deve-se também a ele não ter interrompido a campanha durante o inverno, reagrupando-se antes de marchar sobre Moscou, tal como previa o plano de batalha original.
Dos 450.000 a 600.000 homens de que Napoleão dispunha no início da campanha, só 180.000 conseguiram regressar.
the first:
ResponderExcluirSe liguem no fato se mora-se em Brasilia eu daria uma força:
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SAUDE/415385-FORMAS-DE-USO-DA-MACONHA-SERAO-TEMA-DE-AUDIENCIA-PUBLICA.html
Quando vejo instituições com esses nomes "familia""pela familia", só se for pra familia chorar, ou pela familia do traficante. Mas quando a familia do traficante tiver seu pai trabalhando legalmente para o estado, como outros trabalhadores.
Policias terão + chance de chegar vivo em casa, pois além de proteger o cidadão, e lutar contra o crime, pelo menos uma guerra a menos.
As familias do judiciario terão seus pais de familia voltando mais cedo, pois processos dessa guerra deixariam de existir.
A é tava me esquecendo das familias dos:
Fabricantes de armas, caixões, vendedores de jasidos, fabricantes de lenços(menos mães e esposas para chorarem), coveiros, deve ser pela familia desses. que tm devem ser respeitadas.
the second:
ResponderExcluirE Marisa Lobo, que participará da audiência, já começou a mentir antes do debate no twitter: está anunciando 'audiência pública CONTRA A LEGALIZAÇÃO legalização da maconha'. É muita falta de vergonha na cara.