Discussões Acerva do Tráfico e Descriminalização da Maconha! [Universidade da Ganja 172#]

Hoje o Universidade da Ganja vai pegar um texto acadêmico que se volta contra a proposta de descriminalização das drogas. Trata-se de uma monografia do careta [mas nem tanto] campo do Direito. Assinada por Francisco de Arruda Guerra Neto, o texto abaixo tem como resumo um show de opinião que não tem lá muito haver com a produção de conhecimento acadêmica, vejamos. Clique na imagem para acessar o artigo e no leia mais para ver os comentários e resumo sobre o texto:

 

“Este trabalho tem como principal objetivo demonstrar os problemas sociais que poderão surgir com a descriminalização da maconha, defendendo a corrente protetora da não descriminalização desta droga. Alerta também quanto à dependência que o consumo da erva cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, pode causar sobre o usuário, causando sérios problemas para o mesmo e para a sociedade. Aborda-se, também, a questão da responsabilidade e dever do Estado de zelar para o bem estar da sociedade. Preocupou-se também em mostrar a responsabilidade que o usuário possui no ciclo do tráfico de drogas, alertando quanto as sanções aplicadas a este. Por fim, procurou-se analisar as discussões acerca dos movimentos que defendem a descriminalização da maconha, movimentos estes popularmente conhecidos como marchas da maconha, e logo  adiante se preocupou em demonstrar uma possível solução que o Estado pode tomar para que a sociedade não venha a ser prejudicada com os problemas causados pela droga.”

Fontes meio absurdas foram usadas, como por exemplo recorrer ao dicionário para pegar definições de palavras como “consumo” e “demanda” para com isso provar que o usuário é o maior culpado pelo tráfico de drogas. Infelizmente, o que se vê é que a produção acadêmica não se volta ao conhecimento, mas sim à tentativa de ratificação do que o autor  já pensava sobre o assunto. É possível notar pois se as análises e recuperações históricas fossem sido bem feitas, em algum ponto da obra deveria ter a resolução mínima de que o real culpado pela existência do tráfico não é o uso, mas sim a própria proibição. Ou será que não existe uso há século – quiçá milênios – antes de haver regime de opressão ao maconheiro?

 

Bem… o texto de é hoje é contra, e por isso vale como exemplo perfeito de algo que não devemos seguir. Não o de ser contrário, isso tudo bem, podemos sempre debater. Mas o que nunca se deve fazer é escrever um discurso acadêmico com o intuito de engendrar suas opiniões particulares. O resultado é algo não palpável, pois ciência alguma do conhecimento é capaz de justificar o preconceito e a ignorância.