as vezes me pego pensando
na morte do bezerra
aos sete sete,
um dos bons que não foi cedo
respirou desde moleque
vivenciando o próprio enredo
de malandragem
irreverência e molecagem
do nascimento até o enterro
coroa responsa
chapa quente quando
ou quanto mais em rec
do rei do côco ao partido alto
mulheres, samba, pileque
rio de janeiro casa de bamba
morros e guanges
maloca os flagrantes
e liguem o mic
setlist de clássicos
que relembro com amor
desde piranha à bicho feroz
e candidato caô caô
produto do morro, malandro
não vacila e nem dá mancada
os que dão, né não?
overdose de cocada
lugar macabro, pai véio
e sequestraram minha sogra
malandragem dá um tempo
nada de ser ruim de manobra
com licença, bezerra
peço a bênção,
são só linhas de apreço
sem preço, paro e ouço seu vinil
pra fazer a cabeça tem hora
então aperta e não acende agora
que tamanha tora
explana a fama da ganja lá fora
e o que mais tem nesse planeta?
dedo de seta brotando na mão de careta
mas, língua de trapo? tu também se machuca
ainda mais quando o flagrante já
subiu pra cuca
malandro bom de vida
ainda tendo virado crente
antes de nos deixar
gravou com o Planet Hemp
quebrou paradigmas de forma competente
e introduziu a marginalidade ao universo
da cultura dominante, entende?
vagabundo nato
gravando canções de amigos
que tinha a mato
sem o menor pudor nem castigo
de defender o ato
de que o x9 tem é que ser morto
de fato
a semente deixa no quintal
vai nascer
o disco joga na vitrola
vai tocar
Bezerra da Silva no PIR
vai descer
acenda sua vela em oferenda
e… deixa rolar.
toptoptop eu quero é q vc se uh!
ResponderExcluirnao curti
ResponderExcluirmaximo respeito
ResponderExcluirboia boca, quer dizer, boa baco
ResponderExcluirmestre bezerra eterno
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