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Após ter passado 15 dias a ouvir depoimentos e mais de um ano a fazer deliberações legais, o juiz em direito administrativo da DEA, Francis L. Young, instou formalmente a agência antidroga a autorizar os médicos a receitarem marijuana. Num juízo pronunciado em Setembro de 1988, Young considerou: "A evidência constante neste registro mostra claramente que a marijuana é reconhecidamente capaz de aliviar os tormentos de um grande número de pessoas gravemente enfermas, e de o fazer com segurança, baixo supervisão médica. (...) Seria irrazoável, arbitrário e caprichoso por parte da DEA continuar a intrometer-se entre o sofrimento destas pessoas e os benefícios que, à luz das provas constantes neste registro, esta substância causa. Em termos estritamente médicos, a marijuana é muito mais segura do que muitos alimentos que consumimos normalmente (...) a marijuana na sua forma natural é uma das mais seguras substâncias terapeuticamente ativas conhecidas do Homem".
Todavia, baseados nos seus critérios pessoais, todos os administradores da DEA até ao presente — nenhum dos quais é médico! — têm-se recusado a acatar esta decisão, continuando a privar as pessoas de cannabis médica.
DESPERDIÇANDO TEMPO, DESPERDIÇANDO VIDAS
Mais de 100 anos passaram desde que o estudo conduzido em 1894 pela comissão do Raj britânico sobre os fumadores de haxixe na índia informou que o uso de cannabis era inofensivo e mesmo benéfico. Desde então, numerosos estudos têm concordado; os mais proeminentes sendo os relatórios de Si-ler, o LaGuardia, o da comissão Shafer de Nixon, o da Comissão La Dain do Canadá e o do Painel Consultivo da Investigação da Califórnia.
Simultaneamente, o cânhamo foi elogiado por presidentes americanos, o USDA amontoou pilhas de dados mostrando o seu valor enquanto recurso natural, e em 1942 a administração Roosevelt realizou mesmo Hemp for Victory [O Cânhamo para a Vitória], um filme glorificando os nossos patrióticos cultivadores de cânhamo. Nesse mesmo ano, a Alemanha publicou O Manual Divertido do Cânhamo, uma banda desenhada redigida em verso exaltando as virtudes desta planta.
Hoje, todavia, nega-se mesmo o uso humanitário do cânhamo para fins medicinais. Inquirido no final de 1989 sobre a não-implementação pela DEA da sua decisão acima citada, o juiz Young respondeu que estava a ser concedido tempo ao administrador John Lawn para se conformar com ela.
Mais de um ano após essa decisão, Lawn recusou-se oficialmente a alterar o estatuto da cannabis, classificando-a de novo como uma droga "perigosa" da
Cláusula Um, cuja utilização é proibida sequer como medicamento.
Lamentando este sofrimento desnecessário de americanos impotentes, a Organização Nacional para a Reforma das Leis sobre a Marijuana (NORML) e o Conselho Familiar para a Prevenção da Droga foram lestos a exigir a demissão de Lawn. Mas os seus sucessores, Bonner e agora Constantine, prosseguem a mesma política.
Que hipocrisia é esta que permite aos funcionários públicos troçar dos factos e negar a verdade? Como é que eles racionalizam as suas atrocidades? Como? Inventando os seus próprios peritos.
O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Imperor Wears no Clothes.
Como o próprio Young declarou, e imortalizado seja por isso:
ResponderExcluir"IRRAZOÁVEL, ARBITRÁRIO E CAPRICHOSO"
Tudo por lá (EUA) parece ser totalmente contraditório, a DEA com sua hipocrisia, o Presidente e os ex-presidentes também, todos já pitaram um e sabem quem não tem nada á ver essa história que a DEA espalha, até mesmo o próprio Francis Young, membro da DEA se disse favorável a causa. Mas tudo continua assim por pura hipocrisia, e quem será que está por trás disso? Se nem mesmo o presidente pode mudar, (ou talvez não queira) quem pode então?
ResponderExcluirA industria farmaceutica, a de tecidos, de fibras, de óleo e por ae vai. Eles molham a mão de quemm precisa para que continue assim. Grana é o que manda.y
ResponderExcluirE por aqui, governantes continuam se fazendo de desentendidos, tipo 'onde-comoasssim-por quê?': outro dia um represenatnte do MJ disse que carece de estudos... Quais estudos? Os que foram incinerados? Ora, ora, governos, os responsáveis por atrapalhar pesquisas, colocando impecilhos burrocráticos mil no caminho, praticamente inviabilizando estudos, vêm falar que faltam estudos. E nós é que fumamos e eles que ficam tontos. Tontos nada. Estão ganhando tempo, aguardando autorização do síndico Sam.
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