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O programa de âmbito nacional DARE (Educação para a Resistência ao Abuso de Drogas), criado em 1983 por Daryl Gates, chefe da polícia de Los Angeles, tornou-se uma ferramenta adicional para desinformar o público sobre o cânhamo.
Tipicamente, um porta-voz de um departamento policial lecionará um curso de 17 semanas numa escola elementar local com vista à promoção de comportamentos responsáveis entre os jovens, ao mesmo tempo que irresponsavelmente lhes transmite informações distorcidas ou mesmo mentiras descaradas sobre a cannabis.
A maior parte do curso não versa as drogas enquanto tais, mas sim a capacidade de decisão perante oportunidades ou pressões para beber, fumar, roubar, mentir, infringir leis, etc. Porém, o apoio verdadeiramente útil do programa ao bom comportamento é minado por mentiras e insinuações subjacentes sobre os efeitos da marijuana nos utilizadores.*
*Numa entrevista, o principal instrutor da DARE de Los Angeles, o sargento Domagalski, prestou esclarecimentos sobre o programa, proferindo afirmações tão insubstanciadas — e inverídicas — como dizer que a marijuana leva à heroína. "O sujeito que mora do outro lado da rua ou o vizinho fumam marijuana há anos e não parece haver nada de errado com eles. Mas de fato algo está errado, embora possa não ser óbvio". E,"Nos anos 60, as pessoas fumavam marijuana e pensavam que não havia nada de errado nisso. Agora regam e pulverizam e cuidam da sua marijuana — e também não querem saber com que é que a pulverizam. Mas os pais desconhecem estes novos dados. Eles obtiveram toda as suas informações nos anos 60 e não estão interessados nestas novas". (Downtown News, 10 de Julho de 1989, Ver também seção de cartas dos leitores de 31 de Julho de 1989 para a resposta da BACH). Ler no capítulo 16, "Desmistificação", os fatos sobre estas "novas informações.
Em 1998, a DARE continua a ensinar conscientemente estas mesmas mentiras aos nossos filhos, e ameaça qualquer comunidade que ouse a dizer a DARE [ousar] que cesse as atividades no respectivo distrito escolar. Porém, em 1997, a cidade de Oakland, Califórnia, retirou-se do programa DARE e até agora não sofreu quaisquer consequências.
Por exemplo, segundo professores que participam nas sessões,* o agente da polícia comentará: "Não posso garantir-vos que fumar ganzá irá causar lesões cerebrais, porque todos vocês conhecem pessoas que fumam ganzá e parecem normalíssimas. Mas é isso que acontece. Só que é impossível ter a certeza — para já".
*Alguns dos professores com quem falamos encontravam-se na desconfortável posição de saberem os fatos verdadeiros, ou de eles próprios terem usado cannabis e conhecerem os seus efeitos, mas não poderem apresentar abertamente o seu ponto de vista com receio de serem submetidos a testes à urina ou despedidos.
Nenhumas provas abonatórias são então apresentadas, e a literatura que o jovem leva para casa (e que é potencialmente vista por pais familiarizados com a erva) é ligeiramente mais equilibrada, embora se refira a misteriosos "novos estudos" demonstrando os perigos da marijuana.
Ao longo do curso, porém, os agentes da polícia vão insinuando que a marijuana causa lesões pulmonares, lesões cerebrais e esterilidade, e fazem outras alegações infundadas de que causa enfermidades e morte.
Ou então referem-se estudos detalhando os riscos cardiopulmonares associados ao uso de cocaína, mencionando-se então o fumo da marijuana — criando-se um nexo unicamente contextual. Ou então o agente "bem intencionado" conta episódios sobre pessoas que pretende conhecer, as quais "começaram" com marijuana e acabaram por destruir as vidas com drogas pesadas, crime e depravação; de seguida, mistura a marijuana com drogas genuinamente perigosas e descreve como jovens ou polícias seus colegas foram mortos por criminosos desesperados enlouquecidos por drogas.
O agente encoraja então os estudantes a "ajudar" os seus amigos utilizadores de drogas, e as famílias destes, tornando-se informadores da polícia. Este tipo de mentiras indiretas, contadas mediante insinuações e implicações, são transmitidas de forma displicente, calculada para deixar uma impressão profunda no subconsciente, sem as basear em investigações concretas ou outras fontes passíveis de estudo objetivo ou desafio direto — permanece apenas uma imagem mental duradoura e indistinta.
O que torna o programa DARE singularmente perigoso é ele fornecer alguma informação exata e ter um valor genuíno para os jovens, minando-se porém a si próprio e ao registo público ao usar estas táticas irresponsáveis e dissimuladas.
Se os responsáveis do DARE querem que os estudantes tenham um comportamento responsável, devem agir também de forma responsável. Se eles estão na posse de informação sobre a marijuana que está escondida do resto de nós, que no-la mostrem. Mas, tanto quanto sabemos, nenhum grupo do DARE ousou ainda debater publicamente qualquer grupo proponente da legalização da marijuana,* ou incluir a literatura destes no seu programa.
*Desde 1989, a Ajudem a Acabar com a Proibição da Marijuana (HEMP) e a Aliança Empresaria] para o Comércio em Cânhamo (BACH) têm desafiado repetidamente para um debate público qualquer representante do DARE na área de Los Angeles, desafio esse que está ainda para ser aceito. Estes grupos também se ofereceram para fornecer ao DARE literatura grátis e exata sobre a cannabis, mas, até Julho de 1998, não chegara qualquer resposta.
O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Imperor Wears no Clothes.
no brasil: http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Educacional_de_Resist%C3%AAncia_%C3%A0s_Drogas_e_%C3%A0_Viol%C3%AAncia
ResponderExcluirA PM de São Paulo copiou tudo, até o Leãozinho...incluindo a hipocrisia.
ResponderExcluirFui obrigado a assistir aulas do Proerd na minha escola quando eu era menor
ResponderExcluirE como smepre os EUA apoiando guerra, p/eles qualquer guerra é lucro, se tem lucro nas grandes guerras em outros países que o proprio EUA inventa de criar, mais ainda é a guerra contra as drogas, levando o mundo a aderir o pensamento hipocrita deles!!! E tem gente que ainda acha que no Brasil não há lucro p/os americanos, HAHAIUA, quanto ingenuidade nã?
ResponderExcluirolha isso, que país de merda:
ResponderExcluirhttp://www.cannacerrado.org/2012/10/juiz-mantem-preso-jovem-arquiteto-que-cultivava-cannabis/
Esse tipo de desinformação que causa tanto preconceito hoje em dia
ResponderExcluirisso é um desserviço prestado a população, semeando o preconceito e a ignorancia
e o pior, perde a eficácia, para o jovem questionador, se eles mentem quanto a maconha fazer mal, eles podem mentir quanto ao mal causado pela cocaina, pelo crack...
PROERD È O PROGRAMA PROERD ....kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirvô continua marezano td kkkkkk.axo ki quase tds do hempada fez isso .
Preeeeeeeciso de ajuda, alguem de são paulo capital que possa me arrumar umas verdinhas DE QUALIDADE, pois odeio as bocas, só me arrumam mato falso, por favor, posso encontrar com a pessoa no metrô ou qualquer coisa assim??? meu email faux_m@hotmail.com Bjos
ResponderExcluirQuando eu era criança,tive o proerd na escola...lembro da músiquinha impregnante até hoje: "proerd é um programa,proerd é a solução...lutando contra as drogas,ensinando a dizer não" Seria trágico, se não fosse cômico...
ResponderExcluirNão sei se é pedir demais, mas acho que precisam melhorar essa tradução!
ResponderExcluirPra mim tá mais PROMERD!!
ResponderExcluirA respeito juiz-mantem-preso-jovem-arquiteto-que-cultivava-cannabis/
É o mesmo juiz que proibiu a marcha, prendeu o SativaLover e não acatou uma MP para soltar o rapaz de Brasilia. Caso perfeito de abuso de poder.
O juiz não usa princípios. Ele só tem raiva de maconheiro. 500 g é tráfico. 50 g também é tráfico. Se ele sentir marola há dez metros, é tráfico. Não há critério, não há lei, não há parâmetro, só o ódio doentio do magistrado, desde que liberaram a marcha que ele havia proibido. Puro autoritarismo. Nem pedido do MP ele considera. É claramente pessoal. É claramente perseguição.
Sem contar com toda grana gasta do contribuinte, pois para prender o coitado O delegado-chefe da 2ª DP, Rodrigo Bonach, explicou que chegaram até o homem após dez dias de investigações. "O grupo de operações aéreas fez um sobrevoo no local e foi possível observar as plantações de maconha". A partir daí, uma equipe em solo foi até a residência de Pedro, localizada próxima à W5 Norte, e efetuou a prisão. O acusado não tinha antecedentes criminais.
Quanto hipocrisia!!