segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Atitudes Sociais Positivas! [OnJack Ed. #201]

Postagens anteriores aqui!

 

O estudo sublinha o reforço positivo que na Jamaica é socialmente conferido aos fumadores de ganja e o elogio univer­sal da prática por parte dos seus utilizado­res, que a fumam como tônico laboral. Os utilizadores descreveram os efeitos de fumar ganja como tornando-os mais "es­pertos", animados, alegres, responsáveis e conscientes. Informaram que fumar ganja era bom para a meditação e a concen­tração, e criava uma sensação geral de bem-estar e auto-afirmação.

 

 

Nenhuma Ligação a Comportamento Criminoso

Vera Rubin e os seus colegas não des­cobriram qualquer relação da cannabis com o crime (exceto prisões por mari­juana), nenhuma debilitação das capacidades motoras, e constataram que fuma­dores e não-fumadores apresentavam idênticos índices de extroversão e nenhu­ma diferença em termos de registos labo­rais ou ajustamento social. Não se descobriu que o uso intenso de ganja reduzia a motivação laboral.

 

 

Avaliados psicologicamente, os fuma­dores pareciam ser mais abertos na ex­pressão dos seus sentimentos, bem como algo mais levianos e sujeitos a distra­ções. Não se descobriu qualquer indício de lesões cerebrais orgânicas ou de es­quizofrenia.

 

Nenhuma Deterioração Fisiológica

Num conjunto de testes psicológicos sobre utilizadores crónicos de cannabis realizados em 1972 na Jamaica, Marilyn Bowman não descobriu "qualquer inca­pacitação relacionada com prestações fi­siológicas, sensoriais e perceptuais-motoras, testes de formação de conceitos, de capacidade de abstração e de estilo cog­nitivo, e testes de memória". Estes jamai­canos fumavam ganja entre há seis e anos (em média há 16,6 anos), em média tendo inalado pela primeira vez o seu fumo aos 12 anos e seis meses.

 

No estudo de 1975 comparando utiliza­dores e não-utilizadores de marijuana, não se descobriu qualquer diferença nos níveis de testosterona do plasma, nenhu­ma diferença na nutrição total, tendo-se registado um desempenho ligeiramente superior por parte dos utilizadores nos subtestes de inteligência (estatisticamente não significativo) e constatado que "Um módico básico de imunidade mediada pelas células (...) não era menos vigoro­so entre os utilizadores (...)"

 

Finalmente, nos pares-amostra com­parados, os utilizadores fumavam, além de marijuana, tantos cigarros de tabaco como os seus colegas. E todavia, se algu­ma coisa, as suas vias respiratórias eram ligeiramente mais saudáveis que as dos seus pares.

 

"Devemos concluir provisoriamente ou que a marijuana não tem efeitos nefastos nessas vias ou que ela oferece mesmo uma leve proteção contra os efeitos nefastos do fumo de tabaco. Só pesquisas adicionais poderão clarificar qual dos casos, se algum, é verdadeiro".

Nenhum Efeito de Escalada/Charneira

Quanto às acusações lançadas contra a cannabis de ela ser o princípio da escalada ou a droga-charneira: "O uso de drogas duras é até hoje virtualmente desconhe­cido entre os jamaicanos da classe traba­lhadora — nenhum dos participantes no estudo (de Rubin) alguma vez tomara nar­cóticos, estimulantes, alucinógenos, bar­bitúricos ou pastilhas para dormir (...)" Na América do final do século XIX, cannabis era usada para tratar a dependência de drogas. Viciados em opiáceos. cocaína e álcool fizeram tratamento; bem sucedidos com potentes extratos de cannabis. Alguns doentes recuper­aram após terem tomado menos de uma dúzia de doses de extratos de cannabis.1 De modo semelhante, descobriu-se que fumar cannabis tem resultados positivos no tratamento moderno da dependência de álcool.2

O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Emperor Wears no Clothes.

3 comentários: