segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estudos sobre Lesões Pulmonares! [OnJack Ed. #197]

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O Boato: Mais perigoso do que o tabaco.

Segundo a Associação Pulmonar Ame­ricana, as doenças relacionadas com os cigarros e o fumo de tabaco matam por ano cerca de 430.000 americanos. 50 mi­lhões de americanos são fumantes e 3000 adolescentes começam a fumar to­dos os dias.

Os estudos sobre alcatrão carcinogênico realizados em Berkeley no final dos anos 70 concluíram que "a marijuana é vez e meia mais carcinogênica do que o tabaco".

 

O Fato: Não existe um único caso do­cumentado de câncer.

 

Qualquer fumo contém irritantes pul­monares. O fumo da cannabis causa uma leve irritação das vias respiratórias pul­monares mais largas. Os sintomas desa­parecem quando se deixa de inalar o fumo.

 

 

Porém, ao contrário do fumo do taba­co, o fumo da cannabis não provoca quaisquer alterações nas vias respirató­rias mais finas, a área onde a longo prazo o fumo do tabaco causa lesões dura­douras. Adicionalmente, um fumador de tabaco fumará entre 20 a 60 cigarros por dia, enquanto um grande fumador de marijuana poderá fumar entre cinco e sete charros por dia, menos ainda quan­do se encontram disponíveis copas de florescências de alta qualidade.

 

Apesar de dezenas de milhões de americanos fumarem ganzá regular­mente, até Dezembro de 1997 a cannabis nunca causara um caso conhecido de câncer do pulmão, segundo a maior autoridade pulmonar americana na área da marijuana, o dr. Donald Tashkin da UCLA. Ele considera que o máximo risco concebível para a saúde ocorreria se uma pessoa fumasse por dia 16 ou mais grandes "charutos" de folha e copa mis­turadas, devido à hipoxia causada por excesso de fumo e deficiente oxigenação. Tashkin considera não existir "qualquer razão" para as pessoas se preocu­parem com agravamento de enfisemas devido ao uso de marijuana — exata­mente o oposto do que sucede com o tabaco.

 

A cannabis é uma planta complexa, altamente evoluída. O seu fumo contém cerca de 400 compostos. Destes, 60 pos­suem valor terapêutico. A cannabis pode também ser comida, o que evita inteiramente os efeitos irri­tantes do fumo. Porém, o corpo humano absorve quatro vezes mais ingredientes ativos da cannabis se ela for fumada do que se a mesma quantidade for comida. E o preço da cannabis no mercado negro, inflacionado pela proibição e combina­do com severas sanções pelo seu cultivo, impede a maioria das pessoas de poderem aceder ao luxo de um meio de in­gestão menos eficiente, embora mais saudável.

 

Os Estudos Laboratoriais Não Refletem o Mundo Real

 

Ficou provado em estudos que muitos dos carcinogênicos presentes na canna­bis podem ser eliminados usando um sistema de cachimbo de água. Sempre que fala à imprensa, as autoridades omitem esta informação. Ao mesmo tempo, os políticos proibiram a venda de cachimbos-de-água, etiquetando-os de "parafernália para drogas".

Como se Originam os Boatos

Em 1976, o dr. Tashkin, da UCLA, en­viou um relatório escrito ao dr. Gabriel Nahas, que participava na Conferência sobre os Perigos Potenciais da Cannabis Média, em Reims, França. Esse relatório tornou-se a história mais sensacionalizada a emergir desta conferência mundial negativa sobre a cannabis.

 

Isto surpreendeu Tashkin, que enviara quase distraidamente o relatório para a conferência de Reims.

 

Tashkin informara a conferência de Reims que numa das 29 áreas do pulmão humano que estudara — a traqueia — a marijuana era mais irritante (15 vezes) do que o tabaco. Este número é porém in­significante, já que Tashkin nota igual­mente que o tabaco quase não tem efeito nesta área, donde que um efeito 15 vezes superior continua a ser quase nulo. Seja como for, a cannabis tem um efeito posi­tivo ou neutro na maioria das outras áreas pulmonares. (Ver capítulo 7, "Usos Terapêuticos da Cannabis"*.)

Em seguida, em 1977, o governo ame­ricano voltou a financiar estudos pulmonares sobre a cannabis, que haviam sido interrompidos dois anos antes, quando Tashkin relatou resultados terapêuticos encorajadores em estudos sobre a relação marijuana/pulmões. Desta feita, porém, o governo limitava as investigações à traqueia.

 

Entrevistamos o dr. Tashkin dúzias de vezes. Em 1986, pedi a sua opinião sobre um artigo que ele preparava para o New England Journal of Medicine, indicando que, em quantidades "iguais", o fumo da cannabis causava tantas ou mais lesões pré-cancerosas que o tabaco.

 

A maioria das pessoas desconhece, e a mídia não é informada do fato, que qualquer anormalidade nos tecidos (abrasão, erupção ou mesmo verme­lhidão) é designada de lesão pré-cancerosa. E, contrariamente às lesões pro­vocadas pelo tabaco, as lesões rela­cionadas com o THC não contêm qual­quer radioatividade.

 

Perguntamos a Tashkin quantos par­ticipantes, neste ou em quaisquer outros estudos sobre fumantes crônicos de cannabis, como os rastas, os coptas, etc., tinham acabado por desenvolver câncer do pulmão.

 

Sentado no seu laboratório da UCLA, o dr. Tashkin fitou-me e disse: "Essa é que é a parte estranha. Até agora nin­guém que tenhamos estudado veio a de­senvolver câncer do pulmão".

 

"A imprensa foi informada disto?"

 

"Bem, o fato é referido no artigo," disse o dr. Tashkin. "Mas nem um único jornalista levantou a questão. Eles limi­taram-se a esperar o pior". Em Dezembro de 1997, voltamos a questionar Tashkin sobre a marijuana e o câncer do pulmão. A sua resposta foi de novo que nem um só caso de câncer do pul­mão em alguém que apenas fumava cannabis fora alguma vez relatado. De­ve recordar-se que há 20 anos Tashkin e outros médicos haviam predito confi­antemente que centenas de milhares de fumantes de marijuana teriam por es­ta altura (1997) desenvolvido câncer do pulmão.

Outro Fato: Benefícios para os Sofre­dores de Enfisema

No decurso de uma entrevista poste­rior, Tashkin felicitou-me por tê-lo informado que a marijuana produzia bons resultados entre pessoas minhas conhecidas quando era usada para tratar enfisemas.

 

Inicialmente, ele rira-se de mim, por­que presumira que a marijuana agravava o enfisema, mas depois de rever as provas descobriu que, exceto em casos muito raros, a marijuana tinha um efeito benéfi­co nos sofredores de enfisema porque provocava a dilatação dos brônquios.

 

E foi assim que se confirmou o alívio do enfisema do qual fôramos informa­dos por sofredores desta enfermidade que fumavam marijuana.

 

O fumo da marijuana não é o único que é benéfico para os pulmões. Outras ervas, como o estramónio, foram tradi­cionalmente fumadas para aliviar os pul­mões.

 

O tabaco e os perigos que lhe estão associados preconceituaram tanto as pes­soas em relação ao "fumo" que a maior parte delas acredita que fumar cannabis é tão perigoso ou mais do que fumar taba­co. Com a pesquisa proibida, estes fatos sobre a saúde e segurança públicas não se encontram facilmente disponíveis.

 

Em Dezembro de 1997, voltamos a questionar o dr. Tashkin, e ele afirmou inequivocamente que "a marijuana não causa nem potencia o enfisema". Além disso, continua a não haver um único caso de câncer do pulmão alguma vez atribuído ao hábito de fumar cannabis.

 

O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Emperor Wears no Clothes.

11 comentários:

  1. muito bom!!
    como faço para ter acesso ao conteúdo do livro todo??

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  2. sempre nos municiando de informações valiosas e esclarecedoras vlw hempadão

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  3. INTERESSANTÍSSIMO!*
    "Porém, o corpo humano absorve quatro vezes mais ingredientes ativos da cannabis se ela for fumada do que se a mesma quantidade for comida."

    achava que ingerindo a ganja absorvia mais, pois quem comeu sabe, a onda é mais forte...

    *dificil escrever essa palavra chapado

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  4. Caramba que coincidência, li um artigo falando desse mesmo estudo na década de 70 ontem mesmo no Erowid!!

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  5. isso eu já sentia na prática, quando meu pulmão fica irritado por conta da bronquite, fumo um e alivia pra caramba. mas é legal confirmar cientificamente...

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  6. a qualidade da ceda interfere será

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  7. Esqueceu o melhor e mais atual argumento: quando ingerida via vaporização, não há produção de fumaça!
    Tire suas próprias conclusões.

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  8. A vaporização é pesquisada cientificamente desde a década 90. É utilizada em inúmeros países desenvolvidos desde a década 00.
    Já que estamos na década 10, não há mais dúvida científica sobre sua eficácia.
    Para o uso recreativo, posso afirmar com experiência de dois anos diários, é excelente, pois não produz fumaça e ainda absorve quase 100% dos princípios ativos, ante 50% quando queimado.

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  9. É muito bom q saibam q drogas fazem mau..........

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