segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Falácias Científicas – E assim por diante… [OnJack Ed. #199]

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A maior parte da literatura antimarijuana que examinamos não cita uma única fonte passível de confirmação, e a restante refere-se apenas à DEA ou ao NIDA. Os poucos estudos que conse­guimos descobrir acabam em geral por ser relatos de casos episódicos, agrupa­mentos artificiais de dados, ou então falta-lhe metodologia de controle, e nunca foram repetidos.

 

Relatos sobre crescimento de seios, obesidade, dependência e outras perturbações continuam por substanciar, e merecem pouco crédito à comunidade científica. Outros relatos, como a redu­ção temporária do número de espermatozoides, são estatisticamente insignifi­cantes para a população em geral, sendo porém desproporcionadamente amplia­dos quando apresentados pela comuni­cação social. Outros ainda, como o pu­nhado de cânceres na garganta verificados na região de Sacramento e o elevado nível de lesões ocorridas numa unidade pós-traumática de Baltimore são aglomerados de dados isolados que contrariam todas as outras estatísticas e nunca foram repetidos.

 

 

No corpo da literatura científica e mé­dica, os resultados espúrios de Heath e Nahas, e os estudos realizados com ratos prenhos e macacos na Universidade de Temple e na UC Davis (onde ratos foram injetados com análogos sintéticos do THC em terceiro grau) estão agora desa­creditados.

 

Embora estes estudos não sejam usa­dos no discurso científico, pilhas de literatura patrocinada pela DEA e as farma­cêuticas sobre os possíveis efeitos a longo prazo destes metabolitos no cérebro e na reprodução são enviadas a grupos de pais como se se tratassem dos mais recentes estudos. Esta informação está ainda bem viva nos relatórios do governo dos EUA, da DEA, do DARE e da PDFA.

(Leia-se o relatório de 1982 do NIH; a avaliação de estudos passados feita pela Academia Nacional de Ciência; e o relatório costarriquenho, 1980.)

O OnJack publica, semanalmente, trechos da tradução do livro de Jack Herer, The Emperor Wears no Clothes.

3 comentários:

  1. Que fique bem claro que a proibição da maconha é comercial e ponto.
    Que se foda o lobby para o narcotrafica da bancad evanlica e outras que sustentam o trafico e jornalistas prostiuidos a mafia.
    Bela dica dica leitura informações que tem que ser publicadas mesmo.

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  2. Parabéns pela editoria. Adoro Hempadão, principalmente esta coluna. Excelentes livro e tradução.

    Surreal como pseudo-políticos (na verdade são empresários) conseguem enganar a massa, pisando na história, negando fatos. Eta, povinho burro.

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  3. É só analisar pelo bom-senso. Se pegássemos mato e aspirar a fumaça até um idiota teria a conclusão que a fumaça faria mal, pq a maconha seria diferente?

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