por Marco Hollanda
Um estudo realizado com crianças entre 10 e 11 anos concluiu que aquelas que consomem refeições de fast food pelo menos três vezes por semana possuem rendimento até 16% inferior em testes de leitura e matemática. A pesquisa foi feita pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos.
Nossa Hempada não vai debater sobre os péssimos hábitos de alimentação do homem moderno. Mas vamos usá-lo para uma comparação com a nossa Santa Erva, que é proibida com o argumento de ser uma droga que causa danos a quem a utiliza, além de destruir a harmonia da sociedade de bem.
Se o mundo fosse um lugar livre de preconceitos, em que todas as decisões fossem tomadas com base em critérios técnicos e bem fundamentados, as redes de fast food seriam imediatamente fechadas após um estudo como esse feito pela universidade americana. Se a maconha é proibida porque faz mal, nada mais justo do que proibir o consumo de refeições que contribuem para o emburrecimento da população.
Mas esta Hempada não deseja a proibição do fast food. É até bom matar a larica de vez em quando. Imagina se proibissemos, criariamos mais uma rede de traficantes que transportariam hamburgueres contrabandedos dentro de malas com fundo falso e por outras centenas de engenhocas cada vez mais mirabolantes. Junto com isso, aumentaria a corrupção policial, a marginalidade e todas aquelas coisas que já estamos cansados de saber. Fora que, ainda nessa viagem, é sempre muito difícil e ineficaz proibir aquilo que as pessoas poderiam continuar fazendo em casa, de forma particular.
Refletindo um pouco mais sobre o assunto, vamos sair da esfera política para entrar na familiar. Será que os pais, mesmo sabendo que o consumo exagerado de fast food vai emburrecer seus queridos pimpolhos, vão continuar acreditando ser um ato carinhoso comprar um McLanche Feliz para as crianças?
Se isso continuar acontecendo, será que se meu filho me perguntar o que é maconha eu posso oferecer a Santa Erva para o menino com o mesmo sentimento de culpa de quem leva seu filho para deliciar um prato cheio de esfihas de 49 centavos acompanhada de um copão de refrigerante? E será que é justo que uma criança chegue a idade adulta sem conhecer o prazer de uma batata frita quentinha?
Se isso continuar acontecendo, será que se meu filho me perguntar o que é maconha eu posso oferecer a Santa Erva para o menino com o mesmo sentimento de culpa de quem leva seu filho para deliciar um prato cheio de esfihas de 49 centavos acompanhada de um copão de refrigerante? E será que é justo que uma criança chegue a idade adulta sem conhecer o prazer de uma batata frita quentinha?
Semana passada apresentamos a história de uma mãe norte-americana que observou uma amiga soltar fumaça de maconha na boca do filho. Ela foi culpadada por ter uma atitute irresponsável, já que ela, ao contrário da criança, tinha o conhecimento de que a maconha poderia ser nociva ao seu filho. Mas será que as pessoas de bem deste planeta vão passar a olhar de forma horrorizada uma mãe comprando um Bic Mac para seu filho? Devemos chamar a polícia? Ela deve perder a guarda da criança?
Acredito que a maioria dos hemponautas está pensando que tal atitude seria um exagero. Pois os editores desta Hempada também pensam assim. Proibir o fast food poderia abrir espaço para o surgimento de mais um rede de traficantes. Acho que já deu para entender que a melhor forma de prevenção é a educação e não a repressão. E já que nem tudo que faz mal precisa ser banido da sociedade, porque manter a proibição da nossa Santa Erva?
Muito bom.
ResponderExcluirParabens.
belo texto, curti tb
ResponderExcluir[e420]
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluiresse ronald na cambura ai com a cara triste comedia d+
Hahahaha...
ResponderExcluirMt foda mesmo!
É foda...as mães constinuaram chorando por um baseado e alimentando os filhos com batatas fritas...vtc!
o mercado capitalista que é alimentado de big macs aki nos eua permitiria a proibiçao do fast food?
ResponderExcluirmuito boa essa reportagem
ResponderExcluirParabéns