por Dr. Moura Verdini
Continuando nossa viagem ao passado, o DiscoveryHemp segue as pistas deixadas por povos antigos e tenta desvendar a história da relação de nossa espécie, o Homo sapiens, com o gênero da Cannabis.
Através de dados arqueológicos, acredita-se que a cerca de dez mil anos atrás, a partir de mudanças climáticas consideráveis que ocorreram na Terra, o homem iniciou um aumento da complexidade de suas relações sociais desenvolvendo técnicas de aperfeiçoamento na obtenção de recursos naturais. Uma dessas técnicas, que revolucionaria a evolução da espécie humana, foi a invenção da agricultura. A partir da agricultura o homem foi capaz de domesticar plantas, interferindo no seu ciclo de vida e evolução utilizando-se dos recursos oferecidos por milhares de espécies diferentes.
E com a Cannabis não foi diferente. Tendo o gênero sido originado na Ásia, a domesticação do cânhamo também se iniciou naquela região, com destaque principal para a China. Os autores sobre o tema discordam sobre quando exatamente se iniciou o uso da Cannabis na agricultura, mas existe uma concordância que foi em torno de cinco mil anos atrás (alguns autores afirmam que foi em torno de 4.000 a.c. e outros afirmam apenas 2.500 a.c). O objetivo das plantações de cânhamo era a utilização de sua fibra para a fabricação de tecidos que eram usados na confecção de diversos objetos úteis como roupas, cordas, redes e papel. A Cannabis também tinha um importante papel na alimentação, principalmente através de seus frutos e sementes, ricas em óleos e carboidratos. Quando teve início a criação de animais, a semente da maconha também era utilizada como ração animal. Vemos portanto, que o cânhamo ocupava uma posição central na economia de populações tradicionais asiáticas. Com a chegada da era cristã, a Cannabis deixou de ter um papel importante na vida de populações asiáticas, mas ainda hoje, o óleo da semente é utilizado para produção de óleo de cozinha no Nepal. Por volta do ano 2.700 a.c. foram descritos os primeiros usos medicinais da erva dentre os quais constava tratamento para malária, reumatismo e constirpação.
Por volta do ano 1.500 a.c. a Cannabis foi introduzida na Europa por tribos nômades vindas da Ásia central. Na áfrica, sua introdução ocorreu por mercadores árabes já na era cristã, entre mil e dois mil anos atrás. A introdução nas Américas ocorreu após a descoberta do continente pelos europeus no ano de 1.492, durante a época das grandes navegações. Nos três continentes o uso do cânhamo na agricultura seguia os mesmos objetivos iniciais e, apesar de não mais se tratar de uma espécie de importância central na economia das populações, chegou a se desenvolver uma forte “indústria” de produção de maconha principalmente na Europa.
A descoberta da maconha como um agente psicotrópico ocorreu por volta do ano 1.000 a.c. na Índia. A partir daí começou a ser utilizada também como uma droga recreativa e, por alguns povos passou a ser considerada sagrada, com poderes de elevar o espírito e alterar a consciência do indivíduo, para que este pudesse chegar mais próximo de deus. A maconha é citada inclusive no Atharva Veda, um dos livros sagrados de autor desconhecido do hinduísmo. Nesses textos a maconha é citada como uma das cinco plantas sagradas, capaz de trazer felicidade e contentamento além de trazer a liberdade ao indivíduo que a utiliza. Não é à toa que a maconha passou a ser utilizada em diversos rituais religiosos na região.
O uso da maconha pelos povos ao longo da história é vasto e contempla diversas de nossas necessidades diárias, desde um ponto de vista material até um ponto de vista recreacional, cultural e religioso. A extração dos benefícios do cânhamo foi aperfeiçoada ao longo de milhares de anos e nossos antepassados nos deixaram um conhecimento e um legado de tal grandeza. Não é justo que esta nossa época, tão irrelevante perante a história da humanidade e suas relações com a Cannabis, destrua e apague esse conhecimento por causa do preconceito e falta de informação!
Qualquer dúvida, sugestão ou aprofundamento sobre o tema, escreva um e-mail para discoveryhemp@gmail.com que o Dr. Moura Verdini tem um grupo de estagiários chapados 24 hrs por dia para responder a suas dúvidas!
eh impressao minha, ou a galer simplismente ignora os posts longos ?
ResponderExcluirUAEHAUIHUIOAEHUIAEUAH
de qqr forma, tua conclusao ta do caralho meu!
Achei muito boa a explanação. De onde vem os dados?
ResponderExcluirabraço