por Rafael Braz
Até os anos de 1820 nos EUA (e até o século XX na maioria do resto do mundo), 80% de todos os tecidos e têxteis usados para vestuário, barracas, lençóis e linho*, tapetes, cortinas, edredons, toalhas, fraldas etc. – e inclusive a bandeira estadunidense, que tem o apelido de “Old Glory”, eram feitas principalmente de fibra de cannabis.
* A edições da Encyclopædia Britannica que vão de 1893 até 1910 – e em 1938, a Popular Mechanics* estimou – indicam que pelo menos metade de todo o material que era chamado de “linho” não era de fato feito de linho e sim de cannabis. Herodotus (450 A.C.) descreveu que os trajes de cânhamo feito pelos trácios eram iguais em excelência ao linho e que “ninguém, exceto por experientes, poderia perceber se eram feitos de cânhamo ou linho”.
* Popular Mechanics é uma revista americana dedicada a ciência e tecnologia e é veiculada desde 1902. Fonte: Wikipédia
A Popular Mechanics, em 1938 (quatro meses depois do Marihuana Tax Stamp Act), em uma matéria cujo título era “A safra bilionária”, dizia:
“Milhares de toneladas de cânhamo são usadas todo ano por uma grande empresa de produção de dinamite e TNT. A matéria natural do cânhamo é uma fonte econômica de polpa para produção de qualquer tipo de papel, e a alta porcentagem de celulose alpha garante um fornecimento ilimitado de material bruto para os milhares de produtos de celulose desenvolvidos pelos nossos químicos.” [Fonte: http://www.glenwoodsmith.com/]
Por centenas, quiçá milhares de anos (até meados de 1830), a Irlanda fez os melhores linhos e a Itália fazia os melhores panos para vestuário do mundo, todos feitos de cânhamo.
Apesar de esses fatos estarem quase esquecidos, nossos antepassados já tinham ciência de que o cânhamo é mais suave que o algodão, absorve mais água e tem três vezes mais força tênsil e é muito mais durável que o algodão.
Em 1776, quando, de fato, as patrióticas e reais mães de descendência aristocrática, “Daughters of the American Revolution*” (o DAR de Boston e da Nova Inglaterra organizaram as “Spinning Bees*” para vestir os soldados de Washington, a maioria das linhas eram tecidas de fibras de cânhamo). Se não fosse pela planta historicamente esquecida (ou censurada) e atualmente desvirtuada, o exército continental teria sido congelado até a morte em Valley Forge, Pensilvânia.
*A Daughters of the American Revolution é uma organização de mulheres dedicadas a promover educação, patriotismo e preservação da história. As “spinning bees” eram um grupo de mulheres famoso na América colonial por demonstrar uma dura resistência aos altos impostos britânicos. Fonte: Wikipédia.
Versão completa em inglês
O tradução do Capítulo 1 já pode ser baixada aqui!
Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.
_\|/_ www.youtube.com/watch?v=yFxhS7idyKE _\|/_
ResponderExcluirDALE HEMPADÃO!!! Parabéns a todos por este puta blog :)
ResponderExcluirsei que o livro é de um gênio... mas citar seguidamente a fonte como wikipedia, pode ser usado como um argumento negativo por alguma pessoa em algum debate sobre a erva
ResponderExcluir@Anônimo
ResponderExcluiro livro tem muitas referências específicas a história dos EUA, por isso eu mesmo estou adicionando um conteúdo 'extra' - que geralmente é do wikipédia - pra contextualizar melhor quem está lendo.
em alguns posts tem "footnotes" (originais do livro) que se referem ao que Jack escreveu.
ow hempadao na televisao ja!!!
ResponderExcluirANTONIO BH
Anônimo de antes diz para R.:
ResponderExcluirSugiro, caso não conheça, o livro "O Grande Livro da Cannabis. Guia Completo de Seu Uso Industrial, Medicinal e Ambiental", de Rowan Robinson .
http://www.travessa.com.br/O_GRANDE_LIVRO_DA_CANNABIS_GUIA_COMPLETO_DE_SEU_USO_INDUSTRIAL_MEDICINAL_E_AMBIENTAL/artigo/1c9ac430-42f8-46f9-a1c6-9968df5cef51
Henrique
old glory!!
ResponderExcluirCreio q a fonte Wikipedia é somente para contextualizar, porque não saberíamos o que seria 'Popular Mechanics' ou 'A Daughters of the American Revolution'...
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