[Ed. #83] Hemportagem: Growers de Bauru em liberdade

O cultivo caseiro de maconha ganhou mais uma batalha contra a repressão. Na noite da última sexta-feira os quatro jovens presos injustamente por cultivar nove pés de maconha dentro de uma república em Bauru (SP) receberam a merecida liberdade. A Justiça aceitou o habeas corpus por entender que o caso se trata de porte de drogas para uso pessoal, que não é punido com pena de prisão.

Na última terça-feira os estudantes de arquitetura N. A. L., 23 anos, P. A. de M., 27 anos, o estudante de biologia J. F. M. , 23 anos, e o arquiteto formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) D. I. T., 25 anos, foram presos acusados de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico e furto.

De acordo com o advogado Maximiliano Carvalho os quatro têm residência fixa, não possuem antecedentes criminais e cultivavam a maconha apenas para uso próprio. A lei 11.343/06, que acabou com a pena de prisão para usuários de drogas ilícitas, também classifica como usuário aquele que cultiva pequena quantidade de maconha para uso pessoal.

Mas o delegado assistente Ricardo Silva Dias, da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) afirma que o caso continuará sendo investigado. “É comum, em início de processo, que ocorra isso. Porém, mesmo assim, a Dise vai continuar a investigar e apurar as reais circunstâncias do caso”.

No dia prisão também foram apreendidas placas de sinalização viária, de sinalização interna da Unesp, além de um carrinho de supermercado. De acordo com a polícia os objetos foram furtados.

O Advogado afirmou que o fato não consta nos autos processuais e que os jovens respondiam judicialmente apenas em relação à questão do entorpecente encontrado na república.