segunda-feira, 22 de novembro de 2010

[Ed. #91] OnJack: Cap. 2 Parte 18 – Como a I Guerra Mundial Custou aos Americanos!

por Rafael Braz

O cenário

Em 1917, quando o mundo estava em sua primeira guerra, as indústrias dos EUA, que foram submetidas a taxas e ao salário mínimo, ficaram em pânico. Os ideais foram se perdendo e os EUA começaram a tomar conta do mundo e lutar pela supremacia comercial. Foi com esse pano de fundo que essas historinhas sobre o cânhamo foram contadas.

 

Os jogadores

A história começa em 1916, logo depois do comunicado do departamento de agricultura (USDA).

 

Perto de San Diego, Califórnia, um imigrante alemão de 50 anos, George Schlichten, começou a desenvolver a sua simples e brilhante invenção. Schlichten gastou 18 anos e cerca de 400 mil dólares no seu descorticador, uma máquina que poderia esfolar a fibra de praticamente qualquer planta, deixando a polpa para trás. Para construir, ele tinha desenvolvido um conhecimento enciclopédico de fibras e produção de papel. Seu desejo era acabar com o desmatamento, que ele acreditava ser um crime. A cultura germânica estava bem avançada em silvicultura*, Schlichten sabia que destruir florestas significava destruir bacias hidrográficas.

 

Descorticador*Silvicultura é a ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais com vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, é aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.

Fonte: Wikipédia.com

 

Henry Timken, um industrial rico e acionista de rolamentos, não gostou muito da invenção de Schlichten e foi encontrar com o inventor em fevereiro de 1917. Timken viu o descorticador como uma invenção revolucionária que iria modernizar as condições da humanidade. Timken ofereceu a Schlichten a oportunidade de plantar cerca de 40 hectares de cânhamo nas suas férteis terras no Imperial Valley, Califórnia.

 

Logo em seguida, Timken encontrou com a grande empresa jornalística E.W. Scripps, junto com seu sócio Milton McRae, em Miramar, na casa de Scripp’s na Califórnia. Scripps, com 63 anos, tinha criado a maior cadeia de jornais do país. Timken esperava que Scripps se interessasse em imprimir jornais feitos de cânhamo.

 

Os barões da virada do século tinham uma grande demanda de quantidade de papel, que só aumentava, para entregar seus jornais. Por volta de 30% das 4 milhões de toneladas de papel manufaturado em 1909 era de jornais. Em 1914, a circulação de jornais diários aumentou 17% em relação à produção de 1909, chegando a 28 milhões de cópias. Em 1917, o preço do papel para impressão rapidamente cresceu, e McRae, que estava sondando a possessão de uma fábrica de papel, ficou preocupado.

 

Versão Completa em Inglês!
A tradução do Capítulo 1 já pode ser baixada aqui!
Qualquer dúvida, sugestão ou crítica, poste um comentário.

3 comentários:

  1. os eua tem medo de assumir a cagada que fez ao proibir o canhamo e legaliza-lo e com isso nós é que sofremos...

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  2. Na epoca que foi proibido foi por interesses comercias e publico , uma planta com um poder inacreditavel e mais barato em seus custo beneficio , passando por cima das maiores empresas de papel da epoca que precisavam desmatar florestas para retirara seu papel....e gastavam muito com isso .. isso gera conflitos sem falar mil e outras coisas que ela podia fazer intao é mais facil tirar um produto de circulaçao do que tirar varios outros que fazem a mesma coisa mas de formas diferentes mas faz ...bando de fDP

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  3. Cara, este post é o que eu mais espero pra ler, conteúdo confiável e de fácil entendimento.

    Se eu não fumasse maconha leria o Hempadão só por causa da qualidade dos posts.

    Parabéns a toda a equipe!

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