segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

[Ed.102#] OnJack: Capítulo 4, parte 7 – A Taxação Proibitiva da Marijuana!

por Rafael Braz

 

Nas reuniões secretas realizadas entre 1935 e 1937 no Departamento do Te­souro redigiram-se leis criando impostos proibitivos e definiram-se estratégias. A "marijuana" não foi proibida de imediato; a lei exigia um "imposto ocupacional indi­reto sobre os vendedores, e um imposto sobre as transações de marijuana"

 

Os importadores, produtores, vende­dores e distribuidores deviam registar--se no secretariado do tesouro e pagar o impostoocupacional. As transações foram taxadas em um dólar por onça; cem dólares por onça caso o vendedor não estivesse registrado. As vendas a contribuintes não-registados eram ta­xadas proibitivamente. O novo imposto fez duplicar o preço da "droga crua" de cannabis,que na altura era legal e se vendia por um dólar a onça. O ano era 1937. O Estado de Nova Iorque contava exatamente com um agente antinarcóticos.*

Nova Iorque conta agora com uma rede de mi­lhares de funcionários, agentes, espiões e infor­madores pagos — e uma capacidade penitenciária 20 vezes superior á de 1937, embora desde então a população do estado apenas tenha duplicado.

 

Após a decisão tomada em 29 de Março de 1937 pelo Supremo Tribunal, confir­mando a proibição de metralhadoras por via fiscal,Herman Oliphant fez a sua jo­gada. Em 14 de Abril de 1937, apresentou a sua proposta de lei diretamente ao Comité dos Modos e Meios em vez de o fazer a outras instâncias apropriadas, tais como os comités especializados em ali­mentos e medicamentos, agricultura, têx­teis, comércio, etc.

 

A razão pode ter sido o facto do "Mo­dos e Meios" ser o único Comitê a enviar as suas propostas de lei diretamente à bancada da Câmara, sem que sejam de­batidas por outros comités. O Presidente do Modos e Meios, Robert L. Doughton, um aliado chave da DuPont,* carimbou expeditamente a secreta proposta de lei do Tesouro, que atravessou o Congresso e num ápice chegou ao Presidente.

 

* Colby, Jerry, DuPont Dynasties, Lyle Stewart, 1984

5 comentários:

  1. se naum fosse os e.u.a estaríamos livres agora...ooo país q gosta de guerra viu.....

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  2. Se não fosse um brasileiro estariamos livres agora

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  3. Li na internet outro dia que a proibição da maconha nos EUA teve forte influência da igreja protestante, que associava os olhos vermelhos ao demônio.
    Acredito que a legalização só traria lucros ao governo, com impostos e exportação, além de diminuir uma grande parcela do tráfico no país, mas talvez o pensamento dos governantes seja em prender o maior número de pessoas e não aqueles que traficam em maior quantidade.

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  4. èe o E.U.A. quer mesmo dominar o mundo...
    cambada de egoistas!

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  5. Tem um documentário muito bom em dvd da superinteressante, que basicamente atribui a criminalização da maconha a um mero ato politico, com um tal de filha da puta de Aslinger, escolhendo a vertente de proibição de drogas como base da sua plataforma, e lutando intensamente para a proibição, seguido de conservadores americanos da pior espécie.

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