segunda-feira, 14 de março de 2011

[Ed.#107] OnJack: Mentiras que se Autoperpetuam!

Na verdade, caso Anslinger se tivesse dado ao trabalho de verificar, as esta­tísticas do FBI mostravam que pelo menos 65 a 75% de todos os assassinatos cometidos nos E.U. estavam na altura — como estão hoje — relacionados com o álcool. En­quanto exemplo do seu depoimento racis­ta, Anslinger leu perante o testemunho do Congresso dos E.U. (sem quaisquer objecções) histórias sobre"escarumbas" de lábios proeminentes que seduziam mulheres brancas com jazz e marijuana.

 

Leu um relato sobre dois estudantes negros da Universidade da Pensilvânia que usaram esta técnica com uma colega branca, "com o resultado de ter ocorrido uma gravidez". Os congressistas de 1937 horrorizaram-se com isto e com o fato desta droga ter o aparente condão de fazer as mulheres brancas sentir vontade de tocar em "Pretos", ou mesmo de olhar para eles.

 

 

À exceção de um punhado de indus­triais ricos e seus polícias assalariados, virtualmente ninguém na América sabia que o principal rival dessas pessoas — o cânhamo — estava a ser proibido sob o nome de "marijuana".

 

É verdade. Com toda a probabilidade, a marijuana foi apenas um pretexto para a proibição do cânhamo e sua supressão econômica.

Em 1937, Anslinger testemunhou perante o Congresso, dizendo: "A marijuana é a droga que mais violência causou na história da Humanidade".

 

As águas turvaram-se mais ainda devi­do à confusão da marijuana com a erva do diabo. A imprensa não clarificou a situação, continuando a publicar desin­formação até aos anos 60.

 

No alvorecer da década de 90, os mais extravagantes e ridículos ataques contra a planta do cânhamo receberam atenção midiática nacional — tal como um estu­do, largamente disseminado na imprensa médica em 1989, pretendendo que os fumadores de marijuana engordavam meia libra por dia. Agora, em 1998, os média estão apenas interessados em evi­tar a questão.

(American Health, Julho/Agosto de 1989.)

 

Entretanto, debates sérios sobre os aspectos da problemática do cânhamo relacionados com a saúde, as liberdades civis e a economia são amiúde afastados como não passando de "um pretexto para as pessoas fumarem erva" — como se as pessoas precisassem de pretextos para afirmar os factos de qualquer questão.

 

Devemos admitir que a tática de mentir ao público sobre a natureza bené­fica do cânhamo, e confundi-lo quanto à relação deste com a "marijuana", foi mui­to bem sucedida.

 

Notas;

i. Dewey e Merrill. Bulletin #404, Departamento de Agricultura dos E.U., 1916;" Billion Dollar Crop", Popular Mechanics, 1938; índices Agrícolas dos E.U., 1916 até 1982; New Scientist, 13 de Novembro de 1980.

2. Uelmen e Haddox, Drug Abuse and the Law,

1974-

3. Bonnie, Richard e Whitebread, Charles, The Marijuana Conviction, Univ. of Virginia Press, 1974; Testemunho prestado ao Congresso, 1937; et aL)

Sloman, Larry, Reefer Madness, 1979; Bonnie e Whitebread, The Marijuana Conviction, Univ. of Virginia Press, 1974.

5 comentários:

  1. 1 na roda isso ja é sabido por nós pena que nao por todos nós....

    será que vou ainda sendo um criminoso (usuario)

    para legislaçao do brasil eu sou um criminoso, marginalizado e oprimido, desempregado e pobre... e vivo no brasil numa favela...

    o que tenho que agradecer por isso tudo de bom que eu vivi até hoje, miséria, pobreza, mazaleas socias e muita coisa inimaginavel para muitos...

    Espero morrer sem ser criminoso, tenhos duas escolhas parar de fumar ou continuar sendo primido e um bonconheiro ....

    Salve a boaconha como os bonconheiros, mas lembre nem todos que fumam sao bonconheiros e nem tudo que se fuma é boaconha....

    Jah Live

    Um na roda

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  2. Post excelente! Parabéns :D

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  3. esse parabens foi para o posto do anonimo de cima? rs se for obrigado...rs

    bonconheiro

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  4. o brasil faz parte desta conspiração que ocorreu em 1937 e se estende até os dias de hoje.

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  5. Graças a filhas da puta que nem esse escroto quase me suicidei na adolescência.

    Com 16 fumei e consegui controlar a intensa depressão.

    Não sugiro o uso para menores e nem faço apologia, ô idiota de plantão. Estou narrando um fato. Cada organismo é um universo e o meu se dá bem com maconha.

    PS: Desmatem mais o planeta, seus filhas das putas, vocês estão quase conseguindo destruir a porra toda.

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