sexta-feira, 1 de abril de 2011

[18] Miss Marijuana 2011 – Marli!

1] Diga nome, idade e estado onde mora.
Marli, 22 anos, MG

2] Você trabalha ou estuda? Qual sua profissão ou que tipo de atividade social exerce?
Estudo e atualmente não faço trabalhos sociais.

3] Já fumou maconha? Como se deu essa experiência e o que isso significou para você?
Minha primeira vez foi há sete anos. No começo significava diversão, hoje faz parte de mim, é meu estilo de vida, sou uma pessoa muito nervosa as vezes e não sei o que seria de mim sem um baseado nessas horas. E significa aprender, no sentido da irmandade que rola quando um brother te salva, no sentido de manter a mente sempre aberta pra novas idéias e opiniões e no sentido de aprender sobre essa planta e os poderes maravilhosos que ela tem.

 

4] Qual a sua opinião a respeito da mudança na legislação brasileira especificamente em

relação à cannabis?

Foi um sucesso tirar os usuários da clandestinidade mas a hipocrisia continua a mesma. Não se pode fumar maconha, mas se compra seda em qualquer estabelecimento. O tecla que insiste em tocar dos proibicionistas é o tráfico, mas ainda não podemos plantar nossa própria erva.

 

5] Você já participou da Marcha da Maconha? Conte como foi.

Ainda não tive oportunidade.

 

6] Quais foram os últimos três livros que leu? E qual está lendo agora?

Eu amei Vitória Blue (Estêvão Romane), Left to tell (Immaculée Ilibagiza), Mais pesado que o céu - Uma biografia de Kurt Cobain (Cherles Cross). Estou lendo agora Cannabis medicianal – introdução ao cultivo indoor – (Sérgio Vidal)

 

7] Porque você acha que merece ser eleita a Miss Marijuana 2011?

Sou canditada de segunda viagem, estou encerrando minha luta por aqui, vou cursar Oaksterdam University (Universidade da maconha) e gostaria de registrar minha humilde presença nessa causa. No mais, acho que é importante que a vencedora seja leitora da hempada, saiba de verdade o que esse movimento significa, conheça e viva a cultura canábica. Não só eu, mas todas que se encaixam nesse perfil merecem ser eleita miss marijuana.

 

8] Diga uma música perfeita para 4e20:

Detido por ser livre – ConeCrewDiretoria

 

 

9] Desde quando você conhece o Hempadão? O que mais te chama atenção no blog?

Há dois anos conheci através de uma amiga. Gosto do Adão e Erva, Baixo filmes no Downdois, acho incrível o Growerlândia, Google street fire e todas os posts informativos que agregam já me ensinaram muito.

 

10] Alguma vez você sofreu repressão policial por estar fazendo uso de substância ilícita?

“Nunca fui escravizada pois sou rastafari alerta.”

 

11] Acha que o usuário de maconha ainda sofre muito preconceito no Brasil? Você já passou por isso?

Como eu comecei cedo, no colégio falavam mal de mim, hoje quase todos fumam maconha e alguns vão até votar em mim. Ainda existe preconceito por parte da sociedade desinformada, é comum ouvir alguma “tia” falar dos “maconheirinhos” quando na verdade os caras fumam crack. Ou dizendo que se o filho fumar maconha vai quebrar a casa. Essa é uma realidade das cidades pequenas, principalmente. Também tenho amigos que já tem 18 anos e não podem sair comigo porque os pais acham que eu os influencio.

 

12] Qual a melhor opção na hora da larica?

Um vivi em uma cidade com a gastronomia muito rica, na larica, se bem preparado qualquer prato vai bem.

 

 

13] Você defende a legalização de todas as drogas? Por quê?

Eu defendo a discriminalização da maconha, porque como já dizia Planet Hemp todos estão cansados de serem tratados como “pilantra, safado, vagabundo”. Acredito que acabar com o tráfico é impossível, mas com a maconha legalizada o quadro pode mudar pra melhor. Se trata de um medicamento incrível, as pessoas podem estudar e trabalhar com isso. Pra mim, o mais importante é poder plantar a minha própria erva e não ficar doente por causa de um bagulho sem procedencia. Já sobre as outras drogas eu não estudei o suficiente para opinar sobre, mas acho que a legalização ou não deveria ser baseada nos danos que cada uma pode causar e não na hipocrisia de uma minoria.

 

14] Qual sua opinião sobre drogas como álcool e crack?

O que as duas tem em comum é distruir famílias e vidas a anos. Acho que o problema do crack só começou a ser tratado quando perceberam que os filhos da elite não estavam protegidos dessa devastação, ou seja: tarde. Uns goles a mais vão decidir se o gatilho vai ser apertado ou não. Acho o alcool de longe mais prejudicial que a maconha, isso causa muito incômodo. Mas adoro tomar um chopp gelado pra matar a sede depois de um banza. Costumo dizer que tudo em excesso faz mal, só não vi isso acontecer com maconha.

 

15] Em quanto tempo você acha que a maconha vai ser legalizada no Brasil?

Ás vezes acho que logo, quando personalidades importantes começam a se manifestar. Os passos ainda são lentos e é só estudar um pouco de política e começo a achar que essa luta talvez ainda se arraste por anos.

 

16] Se fosse legalizada, você plantaria sua própria maconha ou iria preferir comprar?

Plantaria com certeza, principalmente por saber a procedencia do que estou consumindo. Aliás estudo sobre cultivo indoor e hidropônia para estar pronta quando puder plantar.