[Ed.#115] OnJack: Superestrela do Século XIX!

A maconha foi o principal analgésico usado na América durante 60 anos, antes da redescoberta da aspirina por volta de 1900. Desde 1842 até 1900, a cannabis representava metade de todos os remédios vendidos, sem que a ganzá resultante causasse o mínimo receio.

 

Em 1839, o dr. W. B. O'Shaughnessy, um dos membros mais respeitados da Academia Real de Ciência, publicou um relatório sobre os usos da cannabis que foi tão importante para a medicina oci­dental de meados do século XIX como a descoberta dos antibióticos (penicilina, terramicina, etc.) para a medicina de meados do século XX.

 

O Comitê sobre a Cannabis Indica da Sociedade Médica do Estado do Ohio concluiu mesmo que "comentadores [exegetas] da Bíblia" acreditam "que o fel e o vinagre, ou vinho mirrado, ofere­cido ao nosso Salvador imediatamente antes da sua cruci­fixão era, com toda a probabilidade, um preparado de cânhamo-da-índia".

(Transcrições, Socieda­de Médica do Estado do Ohio, 15° encontro anual, 12-14 de (unho de i860, págs. 75-100.)

 

Desde 1850 até 1937, a cannabis foi pres­crita na farmacopeia dos Estados Unidos como o principal me­dicamento para mais de cem enfermidades e problemas de saúde diferentes.

 

Durante todo este tempo (pré-1900 até circa 1940), os inves­tigadores, os médi­cos e as empresas farmacêuticas (Lilly, Parke-Davis, Squibb,etc.) desconheciam por completo quais eram os ingredientes ativos da cannabis, até o dr. R. Mechoulam descobrir o THC em 1964.