por Várzea Crew
"The Only Band that Matters", ou "A única banda que importa". É assim que o The Clash era conhecido por seus fãs, que ainda hoje repetem este bordão, para evidenciar a singularidade de uma das bandas de punk rock britânico mais conhecidas e mais influentes na cena. Inicialmente formado por Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e Terry Chimes, o The Clash fez parte da formação do punk rock, sendo uma das primeiras bandas a receberem este rótulo, em paralelo ao Ramones e Sex Pistols.
O primeiro álbum da banda foi lançado em 1976, e só confirmou e revelou ao Reino Unido o que muitos ainda não sabiam: o The Clash não era somente uma banda de Punk Rock, seu som e suas letras iam muito mais além. Com músicas como "I'm so bored with the USA" e "White Riot", Joe Strummer dava um soco no estômago da direita elitista enquanto cantava as letras mais politizadas que UK já tinha ouvido. Logo neste primeiro lançamento, a banda mostrou que não veio somente para gritar a desordem e quebrar tudo, como o Sex Pistols. The Clash já no início ganhou o respeito da crítica e do público Punk, em forte ascensão nesta época.
Já no primeiro CD podemos ver um sinal de que a banda ainda exploraria muito sua capacidade musical, não se prendendo somente à essência das melodias Punk. Police and Thieves é um clássico do reggae, de autoria do jamaicano Junior Murvin, e ganhou uma versão no lançamento americano do primeiro álbum do The Clash. Isso já deixava bem claro que Strummer, Jones e Simonon não tinham o menor receio de ultrapassar as barreiras musicais impostas pelo Punk Rock, e explorar outras possibilidades de passar a mensagem que queriam passar.
Ainda antes do lançamento do primeiro disco (mas com ele já gravado), o baterista Terry Chimes foi substituído por Topper Headon, e se manteve com esta formação até 1982. Já com Topper na bateria, a banda lançou seu segundo disco (Give'em enough rope), em 1978. A crítica e os fãs da época não consideraram o álbum nada demais, mas é evidente a evolução musical da banda. Vemos em "Enough Rope" um The Clash muito mais seguro de sua música e muito mais ofensivo em suas letras. Joe Strummer, quem mais compunha no grupo, sempre atacava diretamente os costumes e as convicções de seus conterrâneos ingleses e europeus, ganhando o apoio de grande parte da juventude da época. Quebrando os paradigmas do punk rock, no segundo disco do Clash já é possível encontrar músicas que ultrapassam os 5 minutos de duração, e inclusive alguns sons muito mais melódicos e profundos do que se esperava de uma banda punk. Tudo isso sem perder a essência contestadora do movimento.
Mas foi mesmo em 1979, com o lançamento de London Calling, que o The Clash eternizou seu nome no mundo da música. O álbum duplo marcou história e rendeu muito assunto por muito tempo para a mídia e para os fãs. Sem se importar com o que eles iriam pensar, a banda lançou este terceiro álbum inconsciente do impacto que ele causaria. Tanto pela capa, uma das mais famosas com Paul Simonon quebrando seu baixo, quanto pela mistura de diversos estilos, o Clash entrava para a eternidade. Vemos em London Calling uma mistura fantástica de estilos, que começa no Punk e vai até o Reggae, passando pelo Rockabilly, R&B, Soul, Jazz e até alguns traços de Dub. Além de ter sido o primeiro álbum duplo de punk rock.
Daí pra frente, o The Clash já tinha licença poética para fazer música da forma que bem entendessem. Em 1980 lançaram o álbum "Sandinista!", e este fugia ainda mais do conceito de Punk, deixando este rótulo aplicável somente mesmo à atitude e à essência das letras da banda. "Sandinista!" deixou a crítica e o público ainda mais desconcertados, sendo um álbum triplo. Seu repertório era formado por canções que poderiam se encaixar em diversos estilos, menos o Punk Rock, e por esse motivo foi um disco bastante criticado na época.
O fato é que o The Clash já estava consolidado no mundo todo como uma banda de qualidade e altamente contestadora e subversiva ao sistema. Diante de um público que só crescia, a banda lançou seu último álbum com a formação completa, o disco "Combat Rock". Lançado em 1982, Combat Rock segue um pouco as tendências musicais da década, e foi um álbum que eternizou diversos sucessos que ouvimos até hoje nos mais diferentes lugares. "Should I Stay or Should I Go" e "Rock the Casbah" foram as que ficaram mais conhecidas, mas o restante do álbum mantém a mesma qualidade e energia presentes desde o primeiro disco.
Depois disso, nada de muito relevante foi lançado. Devido a algumas divergências internas, e o envolvimento do baterista Topper Headon com drogas, a banda se desfez, e Joe Strummer continuou no comando do The Clash, inclusive lançando mais um disco em 1985. Mas o maior lançamento mesmo da banda veio à tona somente em 1999: O disco ao vivo "From here to eternity". Nesse CD vemos que, se até hoje muitos ainda dizem que o The Clash é a única banda que importa, pode ter certeza de que não é em vão.
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Gezuissssss
ResponderExcluirThe Clash é foda demaisssssss
THE CLASH!
ResponderExcluira banda mais FODA!
mandaram MUITO agora!
Clash é uma das melhores bandas do mundo..
ResponderExcluire tá faltando um Sabbath nessa lista
the TRASH seria melhor kkkkk
ResponderExcluirThe Trash?
ResponderExcluirvocê é do tipo que ouve restart, ou o que?
nao sou do tipo que ouve restart, nem sou do tipo que escutaa som de idiota e num pega muie alguma tipo esses fanzinho do the TRASH
ResponderExcluirTá falando merda já mano. Se não gosta, respeite quem gosta.
ResponderExcluirCom certeza você não deve entender nada do estilo Punk Rock, fica quietinho ai
música boa é sempre bem vinda, e the clash é bom demais!
ResponderExcluirshould I stay or should I go?! ;D
The Clash, minha banda favorita!
ResponderExcluirsegundo uma entrevista do Joe Strummer, a única música do Clash que ele não estava chapado quando compôs foi 'This is England'.
E olha que 'This is England' é muito boa! Aliás, a única muito boa do "Cut the Crap"
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