sábado, 2 de julho de 2011

[Ed.122#] Discolized: The Clash – Punk Rock de Qualidade!

por Várzea Crew

 

"The Only Band that Matters", ou "A única banda que importa". É assim que o The Clash era conhecido por seus fãs, que ainda hoje repetem este bordão, para evidenciar a singularidade de uma das bandas de punk rock britânico mais conhecidas e mais influentes na cena. Inicialmente formado por Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e Terry Chimes, o The Clash fez parte da formação do punk rock, sendo uma das primeiras bandas a receberem este rótulo, em paralelo ao Ramones e Sex Pistols.

 

 

O primeiro álbum da banda foi lançado em 1976, e só confirmou e revelou ao Reino Unido o que muitos ainda não sabiam: o The Clash não era somente uma banda de Punk Rock, seu som e suas letras iam muito mais além. Com músicas como "I'm so bored with the USA" e "White Riot", Joe Strummer dava um soco no estômago da direita elitista enquanto cantava as letras mais politizadas que UK já tinha ouvido. Logo neste primeiro lançamento, a banda mostrou que não veio somente para gritar a desordem e quebrar tudo, como o Sex Pistols. The Clash já no início ganhou o respeito da crítica e do público Punk, em forte ascensão nesta época.

 

Já no primeiro CD podemos ver um sinal de que a banda ainda exploraria muito sua capacidade musical, não se prendendo somente à essência das melodias Punk. Police and Thieves é um clássico do reggae, de autoria do jamaicano Junior Murvin, e ganhou uma versão no lançamento americano do primeiro álbum do The Clash. Isso já deixava bem claro que Strummer, Jones e Simonon não tinham o menor receio de ultrapassar as barreiras musicais impostas pelo Punk Rock, e explorar outras possibilidades de passar a mensagem que queriam passar.

 

Ainda antes do lançamento do primeiro disco (mas com ele já gravado), o baterista Terry Chimes foi substituído por Topper Headon, e se manteve com esta formação até 1982. Já com Topper na bateria, a banda lançou seu segundo disco (Give'em enough rope), em 1978. A crítica e os fãs da época não consideraram o álbum nada demais, mas é evidente a evolução musical da banda. Vemos em "Enough Rope" um The Clash muito mais seguro de sua música e muito mais ofensivo em suas letras. Joe Strummer, quem mais compunha no grupo, sempre atacava diretamente os costumes e as convicções de seus conterrâneos ingleses e europeus, ganhando o apoio de grande parte da juventude da época. Quebrando os paradigmas do punk rock, no segundo disco do Clash já é possível encontrar músicas que ultrapassam os 5 minutos de duração, e inclusive alguns sons muito mais melódicos e profundos do que se esperava de uma banda punk. Tudo isso sem perder a essência contestadora do movimento.

 

Mas foi mesmo em 1979, com o lançamento de London Calling, que o The Clash eternizou seu nome no mundo da música. O álbum duplo marcou história e rendeu muito assunto por muito tempo para a mídia e para os fãs. Sem se importar com o que eles iriam pensar, a banda lançou este terceiro álbum inconsciente do impacto que ele causaria. Tanto pela capa, uma das mais famosas com Paul Simonon quebrando seu baixo, quanto pela mistura de diversos estilos, o Clash entrava para a eternidade. Vemos em London Calling uma mistura fantástica de estilos, que começa no Punk e vai até o Reggae, passando pelo Rockabilly, R&B, Soul, Jazz e até alguns traços de Dub. Além de ter sido o primeiro álbum duplo de punk rock.

 

Daí pra frente, o The Clash já tinha licença poética para fazer música da forma que bem entendessem. Em 1980 lançaram o álbum "Sandinista!", e este fugia ainda mais do conceito de Punk, deixando este rótulo aplicável somente mesmo à atitude e à essência das letras da banda. "Sandinista!" deixou a crítica e o público ainda mais desconcertados, sendo um álbum triplo. Seu repertório era formado por canções que poderiam se encaixar em diversos estilos, menos o Punk Rock, e por esse motivo foi um disco bastante criticado na época.

 

O fato é que o The Clash já estava consolidado no mundo todo como uma banda de qualidade e altamente contestadora e subversiva ao sistema. Diante de um público que só crescia, a banda lançou seu último álbum com a formação completa, o disco "Combat Rock". Lançado em 1982, Combat Rock segue um pouco as tendências musicais da década, e foi um álbum que eternizou diversos sucessos que ouvimos até hoje nos mais diferentes lugares. "Should I Stay or Should I Go" e "Rock the Casbah" foram as que ficaram mais conhecidas, mas o restante do álbum mantém a mesma qualidade e energia presentes desde o primeiro disco.

 

Depois disso, nada de muito relevante foi lançado. Devido a algumas divergências internas, e o envolvimento do baterista Topper Headon com drogas, a banda se desfez, e Joe Strummer continuou no comando do The Clash, inclusive lançando mais um disco em 1985.  Mas o maior lançamento mesmo da banda veio à tona somente em 1999: O disco ao vivo "From here to eternity". Nesse CD vemos que, se até hoje muitos ainda dizem que o The Clash é a única banda que importa, pode ter certeza de que não é em vão.

 

Clique nas Capas para Baixar!

The Clash - Give Em Enough Rope (1978)

10 comentários:

  1. Gezuissssss

    The Clash é foda demaisssssss

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  2. THE CLASH!
    a banda mais FODA!
    mandaram MUITO agora!

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  3. Clash é uma das melhores bandas do mundo..

    e tá faltando um Sabbath nessa lista

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  4. the TRASH seria melhor kkkkk

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  5. The Trash?
    você é do tipo que ouve restart, ou o que?

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  6. nao sou do tipo que ouve restart, nem sou do tipo que escutaa som de idiota e num pega muie alguma tipo esses fanzinho do the TRASH

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  7. Tá falando merda já mano. Se não gosta, respeite quem gosta.
    Com certeza você não deve entender nada do estilo Punk Rock, fica quietinho ai

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  8. música boa é sempre bem vinda, e the clash é bom demais!
    should I stay or should I go?! ;D

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  9. The Clash, minha banda favorita!
    segundo uma entrevista do Joe Strummer, a única música do Clash que ele não estava chapado quando compôs foi 'This is England'.

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  10. E olha que 'This is England' é muito boa! Aliás, a única muito boa do "Cut the Crap"

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