Vamos hoje dar sequência a essa editoria que teve por enquanto só duas publicações. Na primeira nós falamos de um dois maiores contistas do mundo, o russo Anton Tchékov, e depois foi a vez do poeta beatnik Jack Kerouac. Hoje continuamos no universo das artes, e vamos falar sobre um dos mais tradicionais artistias espanhóis, seu nome de verdade é: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso. Mas nós que somos quase íntimos vamos chamar pelo nome que lhe deu fama internacional: Pablo Picasso.
Nascido em Málaga no dia 25 de outubro de 1881, foi somente 24 anos depois, em 1905, que, segundo sua biografia "Picasso: Creator and Destroyer", de Arianna Stassinopoulos Huffington, ele teria o primeiro contato com subtâncias expansoras de consciência. Foi durante o verão daquele ano que o artista se encontrou em "uma boa época pra explorar e experimentar, e sua experimentação não parou na pintura, nem suas explorações se resumiram à diálogos e sexo. O ópio foi, na sua colônia onde não havia regras, uma porta de entrada para novos mundos e visões expandidas. Picasso experimentou, gostou e abandonou, depois de elogiá-lo por ter ‘o mais inteligente dos cheiros’”.
Vale lembrar que à época nenhuma das drogas eram proibidas e podiam assim ser compradas nas farmácias. É o que diz Richard Dorment, na resenha de um suplemento literário da revista Times de 1991. "Ópio, henbane, haxixe, morfina, éter: todos foram onipresentes no ciclo de Picasso, e livremente disponíveis com o farmacêutico local ou em fumiers em Paris. O fato do artista estar chapado quando pintou a “Família de Saltimbancos”, e quadros como esse, pode ser explicado por um longo caminho: a falta de tensão, os olhos entorpecidos, o isolamento emocional de valores individuais e o aspecto sonhador do Período das Rosas".
Uma história curiosa que ronda sua biografia é a de que talvez Picasso tivesse nascido morto. E enquanto a parteira se dedicava ao consolo da mãe, o médico Don Salvador teria soprado fumo de charuto na face, salvando-o assim de uma asfixia. A fumaça fez com que o bebê enfim começasse a chorar. Não se sabe se a história é verdadeira, mas foi alimentada tanto por Pablo quanto por seus biógrafos. Picasso foi um artista compulsivo, dono de vasta obra. Mais ou menos na mesma época em que começou a usar drogas, se apaixonou pela sua futura esposa Fernande Oliver, passando assim da 'fase azul' de sua pintura para a 'fase rosa', na qual trabalhava madrugadas a fio até o amanhecer.
Numa Noite em 1908, Fernande relembrou a reunião em que o casal se encontrou com Guillame Apollinaire e a pintora Marie Laurencin. O encontro foi no restaurante Azon, em Paris, e o intuito era tomar pílulas de haxixe. A noite acabou no quarto de um amigo onde “Apollinaire estava tendo um dos melhores momentos de sua vida em um bordel imaginário; Marie Laurencin, sempre controlada e digna, foi embora cedo para encontrar com sua mãe e seu gato; e Picasso estava perdido numa visão horrível de que ele tinha dado de cara com uma parede e não podia mais progredir ou desenvolver. Neste pesadelo ele gritou que tinha descoberto a fotografia, que não havia mais nada pra ele aprender, que ele estava condenado a pintar a mesma coisa repetidas vezes e que ele queria se matar", transcreve a biógrafa do artista.
Essa fato marcou demais a vida do artista. Essa bad-trip possivelmente também foi essencial no encaminhamento de seus trabalhos. Logo após esse dia, Picasso ainda teria encontrado o pintor Karl-Heinz Wiegels pendurado pelo pescoço em uma viga no seu estúdio. Depois disso tudo, ainda segundo sua biógrafa, "ele cresceu progressivamente mais depressivo e preocupado sobre a sua própria saúde. Sua dieta ficou cada vez mais rígida, aperitivos deram lugar à água mineral e ele abandonou as pílulas de haxixe, da mesma maneira que abandonou o ópio, pra sempre". Picasso viveu até os 91 anos e é reconhecido como inventor, ou pelo menos aperfeiçoador do cubismo, um estilo não-fotográfico de pintura que tenta adicionar na tela a dimensão do tempo. Estudiosos, fãs e intelectuais de todo o mundo se perguntam se ele teria feito isso sem as visões advindas do haxixe.
Qual sua opinião? Para quem quiser conhecer melhor a obra do artista que também se verteu para a arte do desenho e escultura, pode clicar aqui e fazer uma viagem interessante à biografia resumida e vasta obra.
Psicotativos liberam as restrições da mente, e a pessoa pode viajar para onde quiser, com intensidade e riqueza de informações.
ResponderExcluirO lado ruim é que se a viagem não for agradável, a sensação que incomoda também será intensa e rica, causando a bad-trip.
Fora isso acho uma ferramenta fantástica, e não é por acaso que muitos artistas fazem uso de drogas.
Não sou artista, pelo contrário, sou programador sem nenhuma criatividade artística. Mas gosto de trabalhar queimando um, me ajuda a compreender as abstrações de código e a resolver problemas antes que acontecam.
Opa, zeus. Sou analista de sistemas, e a erva me ajuda com as abstrações.. Me ajuda e pensar em modelos e soluções das mais variadas..
ResponderExcluirPara programar, ja nao gosto muito. Pois me "perco" um pouco...
Parabéns pela matéria!!!
ResponderExcluirHempadão = Informação + Cultura
Paz...
Superação toda matéria!
ResponderExcluir@guikudo
Matéria fantástica. hempadão, larcias de informação.
ResponderExcluirNossa, simplismente fantástica essa matéria.
ResponderExcluirMuito boa mesmo. Aliás, essa sessão do Hempadão ficou perfeita!
Parabéns! :*
Pilulas de haxixe em farmacias *-*
ResponderExcluirA droga nos traz um novo "eu".
ResponderExcluirÉ como se outra pessoa, sem ser nós, queira se expressar de alguma maneira... Meio difícil de explicar...Mas é como se outro "eu" tomasse conta de mim e se expressasse por mim.
curti demais
ResponderExcluirTambém sou analista de sistemas, mas uso a erva pro fins contrarios, descarregar o stress da programação huahua! Apesar de sempre conseguir expandir os conceitos e soluções quando fumo, procuro curtir outras viagens! =D
ResponderExcluirIhuuuuuuu.! todOs os genios erão maconherO *-*
ResponderExcluirPARABENS HEMPADAO PELO TRABALHO! PRINCIPALMENTE NESTAS MATERIAS!!!!
ResponderExcluirVery GooD :D
ResponderExcluirque maravilha hempada!!!!!!
ResponderExcluiradoro o mundo das artes, assim como muitos aqui e fiquei muito feliz com a bela matéria.
forte abraço a todos.
eu ainda acho que o Modigliani era mais louco, rival de Picasso fumava haxixe sem parar, mas o THCelebre foi uma das editoras que eu mais gostei
ResponderExcluirPorra , fodissima a matéria , nunca tinha lido sobre...
ResponderExcluirParabéns pro pessoal que mantem o site ;]
picasso!....vc nunca me enganou !kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirpode ser besteira mais naum faço ideia do q sgnifica THC alguem se abilita a me explicar vlw abraços
ResponderExcluiros grandes contos da vida
ResponderExcluirUsava o pincel para pilar... hehehehe
ResponderExcluirBad-trip não é ruim, é como pesadelos, são para mostrar algo errado que deve ser curado em seu psicológico, quando melhorar algumas enfermidades da alma, não terá bad-trip mais, não tenham medo da bad, e sim vejam ela bem pois são de grande aprendizado